JUAZEIRO

Índices de câncer apresentam alta no Vale do São Francisco

É de fato muito assustador, quem não tem ou está vivendo um caso de parente ou amigo em tratamento contra o câncer na região. Infelizmente as autoridades de saúde, políticos e universidades em geral não divulgam dados com frequência, não sabemos se é para não causar pânico ou se não é para afugentar investidores.

É cada vez maior o número de pacientes que procuram tratamento contra o câncer no Vale do São Francisco. Dados do primeiro semestre de 2014 (ou seja, há 5 anos atrás), o número de atendimentos chegou a quase 37% em relação a todo o ano de 2013, de acordo com a Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e a Infância (APAMI), entidade filantrópica que oferece tratamento para pacientes com a doença em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

Em 2013, a Apami atendeu 13,222 mil pessoas que precisam do tratamento. Já no ano de 2012, o número de atendimentos foi de 12,578 mil e já representava um aumento de 12,3% se comprado a 2011. É possível quem 2014 o número ultrapasse os dados, visto que os quase 5 mil atendimentos correspondem apenas ao período entre os meses de janeiro e junho.

Dentre os principais tipos de câncer dos pacientes que chegam à Apami estão o de mama e ovário, próstata e leucemia. De acordo com o médico oncologista, Alan Ribeiro, além dos fatores genéticos, hereditário e de idade que influenciam no aparecimento deste tipo de doença, costumes como o sedentarismo, tabagismo e a obesidade também têm influência. “O estilo de vida que muitas pessoas levam pode provocar um futuro câncer. Isso é estilo de vida e nós podemos mudar”, ressaltou o médico.

Em especial, no Vale do São Francisco também pode haver uma relação entre a incidência da doença com o uso de agrotóxicos na fruticultura irrigada, porém ainda não há estudos que confirmem a tese. “Existe uma associação entre o uso desenfreado dos agrotóxicos com o câncer, principalmente linfoma e leucemia, porém a incidência daqui não é algo muito gritante em relação a outras regiões”, ponderou o oncologista.

Segundo Alan Ribeiro, a região ainda não tem números oficiais do total de casos de câncer. “Isso é devido à dificuldade no diagnóstico e ao acesso a serviços de saúde, principalmente no interior. Apesar de não haver números oficiais, existem estudos que podem ajudar a uma definição mais exata”, destacou Alan.

Fonte: G1

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