A saída muito esperada do prefeito Paulo Bomfim do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) deixou rusgas na direção do partido em todos os níveis, o sentimento foi de muita decepção com o partido que acolheu Isaac Carvalho em 2007 e Paulo Bomfim em 2011, apesar de todas as criticas em razão do partido está acolhendo um empresário capitalista.
No último final de semana, a executiva municipal do PCdoB se reuniu para discutir o fortalecimento do partido em Juazeiro e os novos desafios para 2020. O Partido hoje tem uma bancada de 04 vereadores, um deputado estadual e lideranças nos movimentos sociais.
A tendência é o Partido perder parte da sua bancada de vereadores, diminua o tamanho de espaço dentro do futuro governo, caso Paulo Bonfim venças as eleições, e entre no ostracismo politico, deixando de existir organicamente na politica local.
O PC do B tem mais de 90 anos de história, mas em 2018 quase deixou de existir e teve que se fundir ao Partido Pátria Livre (PPL). Com isso, as duas legendas garantiram a continuidade do recebimento do Fundo Partidário e o acesso gratuito ao rádio e à televisão. As negociações entre os partidos começou após as eleições, em outubro, quando ambos não conseguiram resultado suficiente nas urnas para superar a cláusula de barreira que passou a valer após a minirreforma política de 2017.
Segundo a cláusula de desempenho dos partidos nas eleições, que foi inserida na Constituição pela Emenda 97 de 2017, as legendas perderiam o direito ao Fundo Partidário e ao tempo gratuito de rádio e TV no período de 2019 a 2023 se não alcançassem, em 2018, uma bancada de pelo menos nove deputados de nove estados, ou um desempenho mínimo nas urnas de 1,5% dos votos válidos para deputado federal (1.475.085 votos), distribuídos em pelo menos nove estados e com, ao menos, 1% de votos em cada um deles.
Isaac Carvalho com a sua malfada candidatura a deputado federal, impugnada pela justiça, em razão do sumiço contábil de 112 milhões da prefeitura de Juazeiro, foi responsável pelo Partido não conseguir ultrapassar a cláusula de barreira.
Para um militante histórico, “Ele (Paulo Bomfim) saiu pequeno. Perdeu a oportunidade de ser um grande protagonista na política baiana num momento de extrema tensão política. Mas preferiu seguir o caminho de ficar a sombra do padrinho”.
“Vida que segue, a história tem mostrado que o futuro dos políticos que saem do PCdoB nestas circunstâncias nunca foram muito boas, salvo raras exceções. O PCdoB é muito maior que qualquer interesse pessoal”, finalizou magoado.