JUAZEIRO SOCIAL

Juazeiro: Margarida Benevides confunde assistência social com assistencialismo

Escolhida em meio a recusa de várias pessoas para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) a ex-diretora da Rádio Juazeiro, Margarida Benevides, aceitou o convite do prefeito Paulo Bomfim (sem partido) para assumir a pasta no início do mês em curso.

Famosa por apresentar o programa de rádio ‘Quando Nasce Uma Esperança’, que se destacou pelas ações sociais e filantrópicas por muitos anos. Antes de assumir a SEDES, foi diretora da Policlínica Municipal e do Cerpris, e antes de assumir a SEDES, encontrava-se sem função no governo.

Margarida sabe que não foi escolhida por sua competência e serviços prestados ao social, embora, assim como Cida Gama e tantos outros que passaram pela SEDES, não tem formação na área e nem conhece das politicas públicas desenvolvidas pela pasta.

Após o fim do governo de Dilma Rouserff, os programas sociais sofreram grande queda. A SEDES que não tem protagonismo no desenvolvimento de programas sociais com recursos próprios, se resume hoje a fazer atividades pontuais e atualização de cadastros dos programas do governo federal. Os CRAS funcionam precariamente, sem o mínimo de estrutura, servindo como cabide de empregos.

Sem saber o que fazer, sem condições de trabalho e sem orçamento, a primeira ação da secretária Margarida Benevides, foi pegar carona numa ação da sociedade civil, projeto Anjos e Amigos, que está promovendo campanha de arrecadação de produtos de higiene para serem distribuídos a pessoas em vulnerabilidade social, a exemplo das pessoas em situação de rua.

A segunda ação foi de abrigar todos os moradores de rua no Colégio Paulo VI, salientando que os casos de coronavírus apareceram no dia 26/02 e que no inicio do mês de março o prefeito baixou vários decretos de prevenção, mas a secretaria, ao contrário da SEFAZ e SAAE, adotou como forma de prevenção a suspensão de atendimentos presenciais nos serviços de assistência social.

Uma pergunta óbvia: como está funcionando o Centro Pop?

A secretária precisa saber que assistência social é uma política pública, com prazos, recursos, projetos e com objetivos claros. O assistencialismo se faz de forma momentânea, conta com ajuda espontânea, sem prazos e sem objetivos claros de uma política pública. A questão das pessoas em vulnerabilidade social, principalmente os moradores de rua, não se resolver ou se minimiza a gravidade com campanhas.

Breve diferença entre Assistência social e assistencialismo

A Assistência Social no Brasil, até a década de 1940 estava baseada, na caridade e solidariedade religiosa, atendendo famílias em situações de vulnerabilidade advindas da Segunda Guerra Mundial, inicialmente com foco no atendimento materno-infantil. Assim, a assistência foi crescendo e sua linha programática acompanhou as demandas do desenvolvimento econômico e social do país.

O assistencialismo é, portanto, uma prática de dominação e, quando se torna vitorioso, produz a manipulação. Pelo valor da, entre aspas, gratidão, os assistidos se vinculam ao titular das ações de caráter assistencialista. Trata-se de uma prática que estimula a subserviência e a troca de favores.

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