Em meio à crise da pandemia quando os municípios devem adotar medidas emergenciais de combate ao novo coronavírus, e diante ao necessário contingenciamento de gastos para redirecionar à saúde, o inchaço da folha de pagamento da prefeitura de Juazeiro, no Norte da Bahia, chama atenção pelo volume de dinheiro para pagar o funcionalismo e pela quantidade de pessoal.
São quase 30 milhões mensais para pagar aproximadamente 8 mil servidores, sendo mais da metade, ou seja, quase 5 mil cargos comissionados. É mole ou quer mais?
O montante direcionado a manter cargos políticos e muitos deles eleitoreiros, funcionam como cabide de emprego num município que deveria ter outras prioridades de gestão do dinheiro público.
No site do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é possível ver a receita corrente líquida de Juazeiro com descrição de setores da municipalidade que apresentam inchaço de pessoal, enquanto a população aguarda os serviços satisfatórios prestados, a exemplo do SAAE, a Autarquia Municipal de Abastecimento, a Companhia de Segurança, Trânsito e Transporte, o Consórcio Público Interfederativo de Saúde da Região de Juazeiro, o Instituto de Previdência de Juazeiro, e tantos outros cargos locados em secretarias que deveriam priorizar a convocação de aprovados nos concursos públicos para os setores da Saúde e Educação.
O gatilho do prefeito Paulo Bonfim, é o mesmo utilizado pelo seu antecessor, assegurar seus votos com cargos arranjados, para faturar a multiplicação nas eleições municipais e manter Juazeiro estacionado à beira do caos, sem prestação dos serviços essenciais como Saúde, Educação, Lazer, Cultura, e administrar com a intenção de manter o engodo político.
O Portal da Transparência do município deveria disponibilizar ininterruptamente as informações à população, mas corriqueiramente fica indisponível desobedecendo, inclusive, à Lei de Acesso à Informação n° 12.527.
Detalhamento do custo mensal do funcionalismo público municipal de Juazeiro:
• Agente político: 11 funcionários custa para os cofres públicos R$ 160.315,44;
• Concursados: 2.489 funcionários custa para os cofres públicos R$ 11.239.129,32;
• Comissionados: 864 funcionários custa para os cofres públicos R$ 3.351.302,99;
• Servidor temporário: 3.710 funcionários R$ custa para os cofres públicos 7.794.355,28;
• IPJ: 11 funcionários custa para os cofres públicos R$ 160.315,44;
• AMA: 153 funcionários custa para os cofres públicos R$ 216.128,12;
• CSTT: 272 funcionários custa para os cofres públicos R$ 1.050.970,55
• SAAE: 400 funcionários custa para os cofres públicos R$766.530,03
• PMJ um total de 7910 funcionários custa para os cofres públicos R$ 24.919.047,17 sem somar os encargos sociais, que gira em aproximadamente 30 milhões mensais.
Fonte de informações: Jornalista Monia Ramos