PETROLINA

Caso Beatriz: todas as testemunhas que participaram da reconstituição simulada do assassinado da menina, reconheceram Marcelo da Silva como autor do crime, diz advogado dos pais de Beatriz

Todas as testemunhas que participaram da reconstituição simulada do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, reconheceram Marcelo da Silva, de 40 anos, como autor do crime. A informação foi confirmada pelo advogado dos pais de Beatriz, Jaime Badeca, durante os trabalhos realizados pelos peritos da Polícia Civil de Pernambuco, nesta sexta-feira (11) em Petrolina, no Sertão.

A defesa de Marcelo, que está preso como suspeito do crime na Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes em Petrolina, expressou descontentamento com o reconhecimento e alegou que irá solicitar impugnação.

“Veja, vamos pedir sim, vamos impugnar, iremos judicializar o ato, porque uma situação de extrema estranheza aconteceu. Todo mundo sabe que há mais de um mês vem ventilando em todos os veículos de imprensa, bem como de redes sociais, a foto do Marcelo trajando uma camiseta amarela. Curiosamente Marcelo me aparece na hora do reconhecimento com uma camiseta amarela. Isso é tendencioso, pelo amor de Deus, já basta a imagem dele vinculada. Não me estranhará se todas as testemunhas que vieram aqui, não tive acesso ainda à conclusão, reconhecerem. Evidentemente que irão reconhecer. Além da imagem do Marcelo estar circulando em todos os locais, acham pouco e colocam uma camiseta amarela? Vamos judicializar e certamente essa perícia será invalidada”, destacou o advogado de Marcelo da Silva, Rafael Nunes.

Polícia faz reconstituição do assassinato brutal da menina Beatriz

Durante toda a manhã, foi grande a movimentação de testemunhas na delegacia. Marcelo saiu do local por volta das 12h, sendo levado para o presídio de PetrolinaA reconstituição simulada segue até o sábado (12).

Entenda o caso

O anúncio da autoria do crime ocorreu seis anos, um mês e um dia depois do assassinato da menina Beatriz (veja vídeo acima).

Também aconteceu 15 dias depois que os pais da garota percorreram mais de 700 quilômetros a pé, entre Petrolina e o Recife, para pedir justiça.

A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada no crime. Os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. As amostras estavam misturadas ao sangue de Beatriz.

O DNA de Marcelo da Silva já estava no banco genético do estado desde 2019, quando foi feito um mapeamento de criminosos condenados.

Por g1 Petrolina