Coordenador da campanha Setembro Amarelo, que visa alertar para a necessidade de prevenção ao suicídio, o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva aponta que o Brasil não dispõe de políticas públicas efetivas de saúde mental para tratamento, mesmo com a implantação da Política Nacional de Saúde Mental a partir de 2017. Os protocolos definidos no plano, segundo ele, não foram totalmente implantados por estados e municípios.
No Brasil, até a pandemia de coronavírus, 5,8% da população apresentava transtornos depressivos, o que coloca o país no segundo lugar mundial, mas após 2020 o número saltou para 11,3%. Para o psiquiatra, a pandemia, especialmente a partir de sua fase final, provocou uma alteração completa no modo de viver de muitas pessoas, até mesmo com a mudança no ritmo de funcionamento cotidiano e aumento do consumo de álcool e drogas. O especialista lembra que as doenças mentais são a maior causa de afastamento de trabalhadores e, ainda assim, o programa Farmácia Popular não dispõem de antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor.
Os casos de suicídio diagnosticados no mundo revelam que 37% das pessoas tinham transtornos efetivos de humor e outras 22% abusavam do uso de substâncias psicoativas.
Rádio Câmara