O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu no mês de fevereiro de 2022 ao ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Quadros Vieira Lima a liberdade condicional. A decisão refere-se ao caso em que foram encontrados em um apartamento R$ 51 milhões em dinheiro vivo. O caso ficou conhecido como o “bunker da propina”.
O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi preso em agosto do ano passado, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais, o qual ele é relator do processo. Em janeiro deste ano, foi concedido ao político a substituição de regime para prisão domiciliar, com medidas impostas em contrapartida por Moraes, como a proibição de qualquer comunicação exterior, incluindo participação nas redes sociais.
Pelos parágrafos acima percebe-se claramente que os dois cometeram crimes, e que foram postos em liberdade condicional, ou seja, existem condicionantes para que ambos permaneçam em liberdade.
Mas Roberto Jefferson na última sexta-feira (21), não só desrespeitou as medidas cautelares, como foi além: disparou ofensas misóginas contra a ministra do Supremo Cármen Lucia, por discordar de um voto dado por ela no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No vídeo gravado por Jefferson, que circulou nas redes através de aliados do ex-deputado, ele chama Cármen Lúcia de “bruxa de Blair”, além de compará-la com uma prostituta.
Já Geddel Vieira atacou a ex-vice-presidenta estadual do PT na Bahia, Célia Regina Arouca, que fez um desabafo nas redes sociais, neste sábado (15). Na ocasião, a ativista social fez um post nos stories do seu Instagram e o homem das malas de R$51 milhões foi até o seu privado e proferiu ofensas gratuitas.
Ação de Geddel, aparentemente, foi de tentar calar as críticas de Célia contra a aliança com o MDB, na qual teria ficado irritado com a negativa. “Vamos fazer um acordo? Eu calo a boca e vc vai dá (sic!) meia hora de c*, difícil vai ser achar quem queira comer, pela foto, você está uma velha bem caidinha, então, sem acordos mesmo. Vai dar o c*”, escreveu o articulador da campanha do petista.
Roberto Jefferson foi preso no domingo por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Já Geddel continua livre e solto para atacar outras mulheres.
Diante das ofensas misóginas, sexistas, machistas de Geddel, o PT e o ex-presidente Lula fizeram obsequioso silêncio. Mas, contra as ofensas misóginas, sexistas e machistas de Roberto Jefferson, o PT e a campanha de Lula, fazem estrondoso escândalo.