A composição inicial do governo Lula no segundo e terceiro escalões tem sido marcada pela nomeação de deputados não eleitos e de petistas que, em outras épocas, foram alijados ou esquecidos.
No Ministério da Justiça de Flávio Dino, dos sete secretários da pasta, cinco são parlamentares que não conseguiram se eleger nas eleições de outubro.
Elias Vaz (PSB-GO) foi nomeado secretário de Assuntos Legislativos; Tadeu Alencar (PSB-PE) é o novo secretário Nacional de Segurança Pública; Wadih Damous (PT-RJ) assumiu a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor; o advogado Augusto de Arruda Botelho (PSB-SP) foi indicado para a Secretaria Nacional de Justiça e Marivaldo Pereira (PSOL-DF) ficou com a Secretaria de Acesso à Justiça.
Na Conab, Neri Geller (PP-MT), deve ser nomeado até o final dessa semana para dirigir a Companhia Nacional de Abastecimento e o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA) é tido como nome certo para ser o próximo secretário-executivo do Ministério das Cidades. Os dois também tentaram as urnas e não se elegeram.
A Embratur, órgão de promoção do turismo, será comandada por Marcelo Freixo (PSB), que tentou o governo do Rio e não se elegeu; o ICMbio terá como diretor-geral Alessandro Molon, que tentou o Senado e também fracassou nas urnas.
Em relação aos petistas que estavam fora dos holofotes, dois nomes se destacam: a da ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Econômica Federal Miriam Belchior que assumiu a Secretaria Executiva da Casa Civil e do ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho, que deve assumir a Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.
Fonte: Antagonista