BRASIL POLÍTICA

Desemprego fica estável em 8,5% e atinge 9,1 milhões

A taxa de desemprego do Brasil ficou estável em 8,5% no trimestre até abril, após marcar 8,4% nos três meses imediatamente anteriores, informou nesta quarta-feira (31) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam indicador de 8,8% para o trimestre até abril.

Com o novo resultado, o número de desempregados foi de 9,1 milhões no país, disse o IBGE. O contingente era de 9 milhões nos três meses imediatamente anteriores.

Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No trimestre até março, que integra outra série da Pnad, a taxa de desocupação já estava em 8,8%.

A pesquisa do IBGE contempla o mercado de trabalho formal e o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Historicamente, o início de ano registra aumento do desemprego. Segundo economistas, a busca por trabalho costuma ser impulsionada por fatores como o término dos contratos temporários de final de ano.

A população desempregada, conforme as estatísticas oficiais, é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de vagas. Quem não está buscando oportunidades, mesmo sem ter um emprego, não entra nesse número.

Após os estragos causados pela pandemia, a geração de vagas de trabalho foi beneficiada por fatores como a vacinação contra a Covid-19. A imunização permitiu o retorno da circulação das pessoas e a reabertura das empresas.

A recuperação do mercado de trabalho, contudo, tende a perder velocidade em 2023, segundo analistas. A projeção está associada ao cenário de desaceleração da atividade econômica em meio ao contexto de juros elevados.

 

Leonardo Vieceli / Folha de São Paulo