Os festejos juninos são a época mais esperada do ano do Nordeste brasileiro. E também é um dos momentos mais tradicionais do Brasil. A mistura entre os rituais religiosos e as festas populares transformam a data em um dos festejos mais multiculturais do país. Neste mês, são comemorados os dias de não apenas três, mas quatro diferentes santos católicos: Santo Antônio, São João, São Pedro e o esquecido São Paulo.
Santo Antônio é quem abre os festejos. No seu dia, 13 de junho, comemora-se seu aniversário de morte. A canonização aconteceu menos de um ano após sua morte, no dia 13 de maio de 1232. Santo Antônio morreu de um quadro de Hidropisia (acúmulo de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo).
Segundo o padre Ronaldo Marques, da Paróquia de Santo Antônio Além do Carmo, a principal característica de Santo Antônio é o amor. “Santo Antônio é um santo que é muito amado, não só no mundo, mas de modo muito particular no Brasil e na Bahia”, começou o pároco.
“Santo Antônio tem essa característica de alegria, de festa, de comida, bebida. Isso faz com que as comunidades que levam o nome de Santo Antônio vivam e façam uma grande festa para este santo. Uma das características que marca Santo Antônio é o amor e carinho que ele tinha pela palavra de Deus. Sobretudo, baseado na misericórdia que é o amor de Deus para conosco”, completou.
Depois de Santo Antônio, comemora-se o dia de São João diferente dos demais santos, os festejos de João acontecem na véspera e no dia do seu nascimento, 23 e 24 de junho. “São João é o primo de Jesus que foi um dos últimos profetas a anunciar e mostrar Jesus para humanidade”, afirmou o padre.
Os festejos juninos terminam no dia 29, data que homenageia não um, mas dois santos, São Pedro e São Paulo. “No dia de São Pedro, na verdade, se celebra São Pedro e São Paulo, a gente fala mais de São Pedro”, apontou o padre Ronaldo.
“Vamos definir bem: São Pedro foi um grande apóstolo de Jesus que o acompanhou desde que foi chamado e foi um grande apóstolo não só no sentido de proclamar a palavra, como também foi um grande evangelizador a ponto de dar sua vida pela igreja”.
Da mesma forma, São Paulo foi um dos maiores propagadores do cristianismo. Ele foi responsável por escrever 13 dos epístolas do novo testamento. Antes de se converter, era conhecido como Saulo e perseguia os discípulos de Jesus nos arredores de Jerusalém. Será por esse histórico prévio que ele acabou esquecido nos festejos juninos?
Fonte: BN