A possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já está sendo transformada em matemática eleitoral pelo partido dele, o PL.
O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, já disse a interlocutores que consultou especialistas em marketing eleitoral e chegou à conclusão de que, fora da cédula, o ex-presidente pode ganhar até mais força eleitoral.
Um de seus trunfos seria a solidariedade dos eleitores, que o veriam como vítima de um sistema jurídico injusto.
Nos cálculos de Valdemar, o partido poderia eleger um número 20% maior de candidatos além do planejado com Bolsonaro inelegível. O que não aconteceria se ele estivesse ainda no gozo pleno de seus direitos políticos.
Em público, o presidente do PL não cita a inelegibilidade de Bolsonaro quando analisa a potencialidade do PL nas eleições municipais. Mas já apresenta números grandiosos.
No sábado, ele afirmou nas redes sociais que a agremiação, hoje no comando de 339 prefeituras, pode chegar a 1.500 nas eleições de 2024.
Mônica Bergamo/Folhapress