Na última quinta-feira, dia 15, encerrou-se o prazo para o registro das atas das convenções partidárias. Embora o resultado de algumas atas já era esperado, mas ainda se descortinava um pouco de reconhecimento da executiva estadual do PT na Bahia, em pelo menos respeitar a indicação do ex-prefeito Isaac Carvalho.
A indicação no neófito Andrei da Caixa (MDB) para disputar às eleições contra a reeleição da prefeita Suzana Ramos (PSDB), foi a pá de cal nas pretensões de Isaac Carvalho de sair candidato ou de lançar o nome de Ellen Carvalho, que com o apoio do ex-prefeito reunia condições de vencer Suzana Ramos.
Isaac Carvalho que foi prefeito por dois mandatos e fez o seu sucessor, o ex-prefeito Paulo Bonfim. Tornando-se a maior liderança política do PT na região Norte.
Controvérsias a parte, na forma de fazer gestão de Isaac Carvalho, o PT tem como marca contemporânea o pragmatismo político, a traição e o desprezo aos seus filiados.
A partir de 2003, o PT tornou-se um partido como qualquer outro, fazendo da política caminho para o poder pelo poder. As políticas públicas são apenas jogo de retóricas para aquecer a militância. Não há preocupação com o povo, apenas em se manter no poder e engordar a conta bancária de alguns dirigentes do partido.
O que Isaac Carvalho experimenta hoje, outras lideranças também já experimentaram. Em 2012, o Partido dos Trabalhadores traiu Joseph Bandeira decidindo apoiar a reeleição de Isaac, que a época era filiado ao PCdoB.
O futuro político de Isaac passa por essa eleição. Caso Andrei vença, o ex-prefeito encontrará enormes dificuldades de se manter no jogo político. Por ser Andrei jovem, com certeza tentará a reeleição em 2028. E em 2026, o deputado Zó (PCdoB) terá todo o apoio do prefeito para se tornar o deputado mais votado em Juazeiro, e não somente isso, estará no centro das decisões politicas da prefeitura, em razão de ter abraçado desde o início a candidatura de Andrei.
Eis a encruzilhada que se encontra Isaac Carvalho!! Entre a cruz e a espada. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho. E o pior, se tomar a decisão errada em 2024, enterra a sua carreira política.
