Antes de assumiu efetivamente a prefeitura em 01 de janeiro, o prefeito Andrei da Caixa (MDB) já teria afirmado que as finanças da prefeitura de Juazeiro não estavam boas.
Assim que tomou posse, Andrei decretou estado de calamidade financeira e de calamidade na saúde. Com essas medidas o prefeito poderá comprar sem licitação, por exemplo.
Embora tenha dito que somente realizaria o carnaval se contasse com a ajuda dos governos estadual e federal, a situação não seria somente resolvida com a aportes financeiros de Lula e de Jerônimo para a realização da festa momesca. O buraco é mais embaixo.
Na semana passada, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) fez uma recomendação que alerta a atual gestão sobre aspectos importantes relacionados à realização do Carnaval, os quais, na visão do órgão ministerial, a festa “acarreta incalculáveis custos diretos, decorrentes, principalmente, da sobrecarga dos serviços de saúde, segurança pública, iluminação pública e limpeza urbana, que já são deficitários, aliados aos custos com contratação de bandas, locação de serviços de som, palco, banheiros, dentre outros”.
Na recomendação, o MP-BA ainda destaca a ausência de manutenção recente das placas da Orla I, trecho de passagem regular dos trios elétricos, fato que poderia comprometer a segurança dos foliões.
Para muitos juarezeirenses a decisão de Andrei foi acertada e corajosa. Embora o carnaval seja a maior tradição cultura da cidade e reconhecidamente como um dos melhores carnavais antecipados do Brasil. Cancelar o carnaval é mexer num vespeiro, coisa que os políticos não gostam, mas o momento exigia uma decisão que fosse melhor para a coletividade.
