Juazeiro da Bahia é a terra onde tudo acontece e, muitas vezes, nada se explica. O prefeito Andrei da Caixa decidiu que não haveria carnaval, justificando que a cidade está em “calamidade financeira”. Mas será que estamos mesmo em calamidade financeira ou essa desculpa é apenas um artifício para desviar o foco de uma administração caótica e irresponsável?
Não teve dinheiro para o carnaval, mas teve para alugar um prédio por aproximadamente R$ 3 milhões. Não teve dinheiro para o carnaval, mas teve para contratar uma empresa de Salvador, por R$ 7 milhões, para realizar a manutenção das estações elevatórias do SAAE, ignorando que empresas locais, em Juazeiro e Petrolina, poderiam fazer o mesmo serviço por metade do preço.
Não teve dinheiro para o carnaval, mas teve para contratar uma empresa de uma aliada política por R$ 1 milhão para prestar “consultoria” – um serviço cuja real necessidade é, no mínimo, questionável.
Não teve dinheiro para o carnaval, mas teve para criar cinco novas secretarias.
Não teve dinheiro para o carnaval, mas teve para distribuir cargos com salários altíssimos para apadrinhados políticos.
A conclusão é clara: Juazeiro tem dinheiro. Tem dinheiro para alugar prédios, para contratar empresas de fora por valores milionários, para criar quantas secretarias o prefeito desejar, para encher a máquina pública com aliados bem pagos. O que Juazeiro não tem é um gestor com vergonha na cara e compromisso com a população.
A desculpa da “calamidade financeira” é apenas um jogo de cena para mascarar uma administração que gasta muito e entrega pouco. Enquanto isso, o povo de Juazeiro paga a conta e assiste, de camarote, ao verdadeiro desfile de desperdício e irresponsabilidade com o dinheiro público.