Um porteiro de 52 anos foi vítima de agressão por um morador em um bairro de alto padrão no Acupe de Brotas, em Salvador, no último sábado (19). O caso foi registrado por câmeras de segurança, que mostram o suspeito, identificado como o ex-policial militar Eric Martins, dando socos e enforcando Levi dos Santos.
“Eu falei com ela que não podia, que a multa era de R$ 200, mas foi para alertar”, relembra o porteiro. Depois disso, ainda houve reclamações por excesso de convidados na piscina e entradas não autorizadas no prédio.
No fim de semana, mais uma ocorrência. “Eu cheguei para trabalhar e ela [esposa] estava passeando com o cachorro e o filho. Recuei para evitar problema, mas o cachorro se soltou da coleira e ela ficou xingando tudo. Quando isso aconteceu, eu já sabia que ia ter problema, estava pressentimento ruim. Foi quando ele [ex-PM] entrou na guarita me agredindo”, conta Levi.
No local estavam a vítima, um outro porteiro – que tentou separar a briga -, o agressor e a esposa. “Ele ficou gritando: ‘Não mexa com a minha mulher’, mas não entendi porque estava me agredindo. Eu não fiz nada. Não sei o que ela falou para ele”, reclama. Levi ficou com marcas no pescoço por conta da agressão e registrou queixa na Delegacia de Brotas.
Proibição de entrar no apartamento
Policiais militares da 26º Companhia Independente (CIPM/Brotas) foram acionados no local. Em nota, a corporação informou que a equipe de PMs manteve contato com a mulher envolvida, que solicitou apoio para que seu companheiro deixasse a sua residência. Conforme os registros do condomínio, a mulher registrou uma ocorrência em fevereiro na portaria proibindo a entrada no companheiro no local.
Ela também registrou ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) mas não há detalhes se houve agressão doméstica. A informação de agressão a um porteiro, no mesmo contexto, apenas chegou ao conhecimento da PM após o fechamento da ocorrência.
A 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas) instaurou um inquérito para apurar a ocorrência de lesão corporal contra o porteiro. Oitivas e outras diligências são realizadas pela unidade policial para esclarecer as circunstâncias dos fatos.
