O nome do Brasil antes inspirava respeito e temor em seleções tais como Alemanha, Itália, França e Argentina. Hoje, tornou-se motivo de questionamento. Ao invés de investir na própria técnica e identidade, copiamos métodos estrangeiros, frios e padronizados. O resultado é claro: o Hexa continua distante, enquanto colecionamos decepções.
A edição de 2025 das seleções de base revelou a extensão do nosso declínio. O desempenho técnico do Brasil foi pífio: empate sem brilho contra o México, derrota por 2 a 1 para o Marrocos e atuação tímida diante da Espanha neste sub20 2025. Faltou intensidade, criatividade e identidade. Não é uma questão de adversários, mas da postura e preparo do próprio time.
O que se viu em campo refletiu um país que esqueceu como se faz futebol. Jogadores sem prazer, técnicos confundindo disciplina com rigidez e uma CBF refém de interesses alheios ao talento. O futebol que encantava com dribles e sorrisos hoje se perde em esquemas sem alma e estatísticas sem paixão.
O outrora brilhante futebol brasileiro, que um dia fez o planeta se curvar diante de Pelé, Garrincha, Zico e Ronaldo, hoje é apenas sombra de si mesmo. Recuperar respeito e brilho exigirá redescobrir o amor pelo jogo, valorizar o talento nacional e compreender que técnica sem alma é apenas movimento. O Brasil precisa reencontrar seu estilo antes que o brilho que iluminou o mundo se apague para sempre.