Considerada improvável devido ao histórico de disputas, a chapa formada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) ,apresentada oficialmente neste sábado (7), em um evento com 4.000 pessoas em São Paulo.
Com a formalização da pré-candidatura, a dupla terá então pouco menos de cinco meses para superar desafios, que vão da formulação de um programa econômico à neutralização da força do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
A notícia, divulgada na tarde desta sexta-feira, de que o ex-governador está com Covid-19 estragou um pouco o clima, já que impedirá a sua participação no evento, que contará com lideranças políticas, artistas e líderes de movimentos sociais. O discurso de Alckmin será transmitido pela internet e exibido em um telão.
Mesmo antes da formalização da pré-candidatura, Lula trocou o marqueteiro e o seu coordenador de comunicação. O baiano Sidônio Palmeira substituirá Augusto Fonseca no marketing da campanha. O deputado federal Rui Falcão (SP) e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, vão substituir Franklin Martins na comunicação do partido.
Em outro episódio, no começo do mês passado, o ex-presidente disse que todo mundo deveria ter direito ao aborto. Algumas dessas falas foram exploradas por bolsonaristas nas redes sociais para atacar o petista. A campanha terá que acertar o tom para enfrentar a superioridade de Bolsonaro nas redes sociais.
A chapa Lula-Alckmin nasce com o apoio de sete partidos (PT, PCdoB, PV, PSB, Solidariedade, Rede e PSOL). Mas ainda há, entre os aliados do ex-presidente, a expectativa de atrair outras siglas. Um dos principais desejos é ter o MDB na chapa ainda no primeiro turno, o que seria uma sinalização de forma mais clara ao eleitorado de centro.
Há expectativas menores em relação ao PSD. Mesmo dentro dos partidos aliados ainda há uma resistência importante a ser quebrada: a ex-ministra Marina Silva (Rede). Petistas trabalham para promover uma reaproximação entre ela e Lula.
Por Agência O Globo