CULTURA PERNAMBUCO

Morre, aos 88 anos, o xilogravurista pernambucano J. Borges

Morreu, nesta sexta-feira (26), aos 88 anos, o xilogravurista pernambucano J. Borges. O artista morreu na casa onde morava, em Bezerros, no Agreste do Estado.

Trajetória

Ícone da cultura popular brasileira pelo seu trabalho como xilogravurista, o artista deixa um legado, especialmente, na arte pernambucana e nordestina.

Nascido em 20 de dezembro de 1935, no Sítio Piroca, zona rural de Bezerros, em Pernambuco, José Francisco era filho do agricultor Joaquim Francisco Borges, que teve um papel essencial no seu envolvimento com a arte. As histórias contadas pelo pai foram o estopim de um interesse de J. Borges pela poesia de cordel e, aos poucos, com a xilogravura.

Ao longo da infância e adolescência, trabalhou na lavoura e em diversas ocupações. Aos 17 anos, migrou com a família devido à seca de 1952 e, em 1956, começou a vender cordéis.

Ao longo de sua carreira, J. Borges produziu 314 folhetos de cordel e inúmeras xilogravuras expostas em museus renomados, como o Louvre e o Museu de Arte Moderna de Nova York.

Ele também ilustrou livros de autores famosos e foi o único artista brasileiro convidado a participar do Calendário da ONU em 2002. J. Borges também foi reconhecido com diversos prêmios, incluindo a Comenda Ordem do Mérito Cultural e o Prêmio Arte na Escola Cidadã.

Fonte: Folha PE

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