Uma frase tem atormentado a minha cabeça esses dias iniciais de 2025. Dizem que ela é atribuída ao advogado juazeirense Nestor Duarte (in memorian), mas tem uma verdade expressa para atualidade de forma muito forte. “Juazeiro, tua sina é subir num pau de sebo”.
A frase faz analogia a uma brincadeira muito comum nos festejos junino, embora ela tenha sumido da tradição popular.
À eleição surpreendente de Andrei da Caixa, o patinho feio da campanha eleitoral de 2024, deixou um rastro de esperanças no povo, que estava cheio de decepção pela desastrosa gestão de Suzana Ramos (2021-2024).
Mas aos poucos se percebe que trocamos “seis por meia dúzia” ou “mais do mesmo”, como tem afirmado muitos juazeirenses nas redes sociais.
Infelizmente, nossa cidade tem enfrentado uma histórica falta de sorte com seus gestores públicos, e a atual administração, liderada pelo prefeito Andrei, parece não fugir à regra.
Com pouca experiência e conhecimento em gestão pública, o prefeito tem se limitado a fazer propaganda exagerada de ações mínimas, apresentando-as como grandes conquistas. Um exemplo claro disso é a doação de uma ambulância pelo governo estadual, divulgada como um marco para a saúde do município, quando, na verdade, é algo muito aquém das necessidades de uma cidade do porte de Juazeiro como também a readmissão, por Força da lei ,de duas gestantes inadequadamente exoneradas na gestão anterior.
Devido a sua evidente inexperiência e limitada capacidade administrativa, Andrei foca no marketing de maneira exagerada e caricata.
É lamentável observar que Juazeiro continua repetindo o ciclo de votar mais por rejeição do que pela escolha de um gestor qualificado e independente.
A cidade merece um líder que tenha competência, iniciativa e autonomia, capaz de gerir os interesses públicos sem se tornar refém de influências externas ou permitir que outros assumam, de fato, as rédeas da administração.
Óbvio que esperamos que a cidade cresça e volte a ser pujante e desenvolvida, mas pelo que estamos assistindo nesses primeiros dias da gestão de Andrei da Caixa, estamos condenados a subir num pau de sebo.
Maria das Grotas
Juazeirense