O senador Otto Alencar (PSD) rebateu nesta segunda-feira (20) a comparação feita pelo presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, entre a situação política de momento do senador Angelo Coronel (PSD), que busca espaço na chapa governista para concorrer à reeleição em 2026, e a que foi vivenciada pela atual deputada federal Lídice da Mata (PSB) em 2018, quando, na época senadora da República, não conseguiu sequer disputar a recondução.
“Já falei sobre esse assunto. Nós vamos tomar a decisão quando o momento exigir, lá para março ou abril de 2026. Falar agora sobre sucessão, e isso não é um recado para ninguém específico, até porque muita gente tem falado nisso, é pueril, é infantil”, disse Otto a este Política Livre, após a reunião do PSD realizada hoje para tratar da sucessão na Assembleia Legislativa.
No encontro do PT com prefeitos eleitos do partido, no último dia 13, Éden afirmou que a “conjuntura política” pode tirar Coronel da chapa governista – em 2018, o hoje senador ficou com a vaga que seria de Lídice. “A naturalidade da reeleição de Lídice foi alterada para se adequar à conjuntura política, e o mesmo pode acontecer com Coronel. Se a gente precisar fazer uma outra conformação e não der a naturalidade da reeleição de Coronel, será dialogado com o PSD, com o partido dele”, declarou o petista na ocasião.
A fala de Éden ocorreu após o senador Jaques Wagner (PT) defender a “naturalidade” de uma chapa majoritária formada por ele e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), na disputa ao Senado, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) concorrendo à reeleição.
Hoje, em entrevistas à imprensa após participar da reunião do PSD, Angelo Coronel também foi questionado sobre as próximas eleições. “Falar agora sobre chapa em 2026 é uma coisa infantil. Muita coisa vai acontecer até lá. Temos que falar agora é sobre governabilidade”, frisou.
“Não posso escalar o time de ninguém. Se o PT acha que pode montar uma chapa puro sangue, é um problema deles. Eu acho que o PSD tem tamanho para garantir sua vaga. Além do mais, sanduíche de pão com pão não existe. Precisa de uma proteína no meio”, complementou Coronel.
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