O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), deixou seu aliado e correligionário, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, em uma situação desconfortável na última quarta-feira. Ao entrevistá-lo no programa “De Cara Com O Líder”, do portal BNews, o político mais conhecido como Geraldinho questionou Geddel sobre as malas de dinheiro, que geraram uma publicações.
— Quando falo que vou entrevistar Geddel, eles (a oposição) mandam robôs: “Você vai entrevistar Geddel? O cara da mala de dinheiro?” Foram R$ 51 milhões ou R$ 54 milhões? Eles ficaram me perguntando — questionou o vice, em clima descontraído.
A fala não agradou Geddel, que rebateu:
— Ai só questionei lá no STF. Essa coisa é com minha defesa. Não se preocupe com isso.
Geraldinho tentou reverter o cenário, afirmando que não se preocupa:
— Se eu me preocupasse em trazer você aqui? Ia almoçar com você, ouvir seus aconselhamentos? — questionou.
Enquanto isso, Geddel repetiu diversas vezes “toca o barco, Geraldinho”, em uma tentativa de encerrar o assunto.
Em setembro de 2017, Geddel foi preso após uma apreensão de R$ 51 milhões de reais encontrados pela Polícia Federal (PF) em seu apartamento. À medida que ele foi investigado por um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal.
Em 2019, ele e o irmão, Lúcio Vieira Lima, foram condenados por lavagem de dinheiro e associação criminosa pelo STF, decisão que os torna inelegíveis. Após cumprir parte da pena de 13 anos e quatro meses de prisão, Geddel obteve progressões de regime até ser solto no início de 2022, por decisão do ministro Edson Fachin. Desde então, cumpre pena em liberdade condicional.



