A polícia do Tocantins está em buscas por Waldecir José de Lima Júnior, 40 anos, que matou um vigilante dentro de um shopping em Palmas. Morador da capital e proprietário de uma Range Rover Evoque, ele possui registro como CAC – documento que autoriza armas para caça, tiro esportivo e colecionismo – e acumula um histórico de processos por porte ilegal, tanto de armamento permitido quanto restrito. Ao menos três ações penais relacionadas ao Estatuto do Desarmamento tramitaram entre 2011 e 2018, algumas com recurso do Ministério Público. Apesar de arquivadas, outras ocorrências semelhantes permanecem em andamento na Justiça. As informações são do Palmas Turbo News.
A caçada ao suspeito teve início ainda na noite de sábado (29). Investigadores chegaram ao endereço ligado ao atirador e encontraram no pátio o mesmo carro usado na fuga, um veículo de luxo avaliado em R$ 300 mil. Diante da gravidade do caso e da situação de flagrante, os agentes arrombaram o portão e vasculharam o imóvel. No interior, localizaram munições 9 mm e um carregador compatível, mas Waldecir já havia deixado o local – a polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sido avisado sobre a aproximação das equipes.
A execução ocorreu horas antes, no estacionamento do Mercatto Mall, área nobre de Palmas. O segurança Dhemis Augusto Santos, 35 anos, alertou o motorista sobre um cone de sinalização quando a discussão tomou rumo trágico. Imagens de câmeras de segurança mostram Waldecir sacando uma pistola, encostando-a no rosto do trabalhador e disparando a queima-roupa. Mesmo após a vítima cair, o atirador permaneceu fazendo ameaças antes de entrar no veículo e fugir.
Dhemis chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Geral de Palmas, mas não resistiu. O crime comoveu colegas, familiares e frequentadores da região, que descrevem o segurança como profissional educado e atento às normas do shopping.
A Polícia Civil e a Polícia Militar mantêm diligências contínuas para capturar Waldecir. A população pode repassar informações anonimamente pelo 190 ou pelo Disque-Denúncia da 1ª DHPP: (63) 98131-8454.



