Um homem de 67 anos que trabalhava caracterizado como Papai Noel em um shopping de Lages, em Santa Catarina, foi preso após uma investigação por estupro de vulnerável. Segundo a Polícia Civil, o cumprimento do mandado ocorreu no próprio centro comercial, onde ele estava atuando, mas o crime não tem relação com o local. O caso aconteceu no último dia 27.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), teve início depois de uma denúncia formal. A delegada responsável pelo caso, Bruna Viana, explicou que o inquérito reuniu elementos encaminhados posteriormente ao Ministério Público, que apresentou denúncia e solicitou a prisão preventiva do suspeito.
As imagens do momento da detenção foram registradas dentro da delegacia especializada, de acordo com a corporação. Por estar sob segredo de Justiça, detalhes sobre o crime investigado não foram divulgados.
Durante entrevista, Bruna Viana destacou que a prisão no shopping aconteceu apenas porque o homem estava no turno de trabalho. “O mandado de prisão só foi cumprido no shopping, pois esse era o local de trabalho do homem, e onde ele estava no momento da diligência”, afirmou a delegada.
O Lages Shopping Center divulgou nota dizendo ter sido surpreendido pela operação e reforçou que não houve nenhuma ocorrência dentro do empreendimento. O estabelecimento declarou ainda que não foi informado previamente pela polícia devido ao sigilo do processo.
Leia na íntegra:
“O Lages Shopping Center foi surpreendido pelas informações divulgadas na data de ontem acerca de investigação conduzida sob segredo de justiça pela Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, que resultou na prisão do profissional contratado para atuar como Papai Noel no cenário de Natal do Shopping. Diante dos fatos, o Lages Shopping Center manifesta seu absoluto repúdio a qualquer conduta que comprometa a integridade de seus clientes, em especial das crianças e famílias que frequentam o nosso empreendimento.
Ressaltamos que a atuação da Polícia Civil não decorreu de nenhum fato ocorrido nas dependências do Shopping, e foi realizada sem que houvesse qualquer comunicação oficial ao empreendimento em razão do sigilo imposto à investigação. Além disso, destacamos que a contratação foi realizada em estrita obediência à legalidade e integridade que norteiam nossa atuação, sendo que o Shopping já procedeu à imediata rescisão do contrato e segue à disposição das autoridades policiais para contribuir com o bom andamento das apurações oficiais, no que for cabível.”



