Desde o momento em que um áudio para o apresentador Marcos Mion foi vazado nas redes sociais, Roberto Justus vem sendo alvo de críticas, nas últimas horas, em relação ao seu posicionamento sobre a forma de combate a disseminação do coronavírus.
Segundo o Notícias da TV, crítico às medidas adotadas no enfrentamento da doença, como a quarentena e o fechamento do comércio e também preocupado com a economia, o apresentador e empresário se justificou e minimizou a situação mundial em entrevista ao programa “Aqui na Band”, nesta segunda-feira (23).
“Algumas pessoas me acusaram falando que eu estava debochando dos mortos, zombando dos mortos. Pelo amor de Deus, 12 mil mortes é muito, qualquer morte é muito. Agora, 12 mil mortes em sete bilhões de habitantes é muito pouco para criar essa histeria coletiva que foi criada no mundo. No Brasil, são 25 mortes lamentáveis, mas também muito pouco para 210 milhões de habitantes”, disse Justus pela manhã.
Conforme a última atualização do Ministério da Saúde, na tarde desta segunda-feira (23), já são 34 mortos pelo Covid-19 no país (relembre aqui).
Ainda durante a conversa com o apresentador Luís Ernesto Lacombe, tratando sobre o seu posicionamento contrário ao de Mion, Justus negou que estivesse diminuindo a gravidade da pandemia: “Não estou minimizando, só estou dizendo que a reação exagerada vai custar caro pra humanidade. Ninguém quer viver o que a Itália viveu, mas não pode ficar três, quatro meses parando o país, com números que não sustentam a histeria”.
Mais tarde, em sua rede social, Roberto Justus voltou a tocar no assunto, afirmando que, em referências às medidas contra o coronavírus, “estamos dando um tiro de canhão pra matar um pássaro”. No vídeo de pouco mais de seis minutos ele teceu críticas à mídia e também nos governantes afirmando que eles estão desinformados sobre a realidade dos fatos.
“Querem fazer o politicamente correto. Às vezes não resolve o problema, só atrapalha. Tem médicos falando que esse lockdown mundial não vai resolver o problema, só criar outro muito maior. Tô tentando minimizar esse exagero, essa histeria, esse pânico que se criou quando o Mion e outras pessoas fazem esse tipo de vídeo. Com a melhor das intenções, são gente boníssima, mas às vezes não estão tão bem informados sobre dados, reafirmou.
Na postagem, diversos internautas não concordaram com o posicionamento do apresentador, que possui 64 anos e estaria no grupo de risco. Alguns, inclusive, criticaram as falas de Justus comparando a sua situação financeira com de outras pessoas.
“O senhor e sua família , com certeza, vão permanecer isolados numa mansão, longe de todo e qualquer risco. Enquanto isso, a população que se lasque pegando transporte público, enfrentando fila de atendimento em hospital público, padecendo com desabastecimento, tudo em prol da “economia”. Coronavírus no lombo do outro é refresco, né, meu caro?!”, escreveu um seguidor.
“O que vc sugere Roberto? Que todos voltem a rua para trabalhar?? O importante agora é frear a curva! É contraditório o seu discurso. Vamos então pensar nos mais pobres e nos idosos e ajudar!! O governantes agora vão ter que tomar medidas com o nosso dinheiro e ajudar essas pessoas e todo o país… Sem saúde não há porque ter economia!! É uma crise mundial!!!! Força para todos nós”, disse outra internauta.