O governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi líder de movimento grevista durante quase toda a sua vida de sindicalista no polo petroquímico. Intransigente quanto a fidelidade e radical quanto aos propósitos do movimento, ele comandou várias greves.
Mas a vida mudou, e Rui também mudou as suas convicções quanto aos movimentos grevistas. Ele continua muito intransigente e radical, só que mudou de lado, agora age com o rigor de extrema-direita ao dialogar com os trabalhadores que apenas exigem os seus direitos.
Não é de hoje que as universidades estaduais baianas estão em pleno processo de desmontes, com salários defasados, corte nos recursos para a pesquisa; zero de investimentos em equipamentos e melhorias dos campus e a cada ano diminuição nos recursos para custeio.
Durante todo processo de greve, os sindicatos e associações docente, comportaram-se de forma muito tímida e cheia de melindres para se posicionar publicamente contra o governo estadual, não foi visto o mesmo melindre para protestar contra o governo federal.
A greve foi encerrar com um saldo negativo para a categoria, muitos professores tiveram os seus salários cortados, adoeceram, tiveram que recorrer a empréstimos para honrar os seus compromissos. O governo sai mais fortalecido, para implementar as políticas que tem declarado para a educação superior na Bahia.
Fica a lição: lutar sempre, não importa quem seja o nosso opressor!
Dois pesos, duas medidas