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Brasil ganha medalha de prata pelo 3º ano consecutivo em torneio mundial de jovens físicos

As oscilações do famoso pêndulo de Newton – o objeto formado por uma série de esferas penduradas de forma alinhada por cabos – diminuem gradualmente até que as esferas atinjam o repouso. Você sabe como parâmetros como o número, o material e o alinhamento dessas esferas afetam esse movimento? Esse foi um dos desafios da física que cinco estudantes brasileiros tiveram que debater em inglês, com oponentes de outros 32 países, na Polônia na semana passada. O Brasil desbancou quase todos eles e embarca para casa nesta quarta-feira (17) com uma das medalhas de prata no Torneiro Internacional de Jovens Físicos (IYPT, na sigla em inglês).

Conhecido como “Copa do Mundo” da física, o IYPT aconteceu entre 6 e 13 de julho em Varsóvia, e o Brasil se consolidou como uma das potências do torneiro: desde 2011, o país participou de todas as edições, e só não levou medalha em duas delas.

A primeira participação do país no evento foi em 2004, e desde então o Brasil só ficou de fora de três edições. Em 13 participações, as equipes brasileiras já somam cinco pratas e cinco bronzes.

Seleção da equipe brasileira

A equipe brasileira foi formada pelos estudantes Eduardo Slikta (Colégio Etapa de Valinhos-SP), Enzo Barbosa e Luã Santos (Colégio Objetivo Integrado de São Paulo), Vinicius Andreossi (Colégio Etapa de São Paulo) e Vinicius Névoa (Colégio Arena de Goiânia).

O time foi acompanhado na Polônia pelos professores Cristiano Grigorio, Felipe Spirandelli, Fabricio Marques, Lars Dehlwes, Liara Guinsberg, Samuel Araujo e Vitor Tamae, que atuaram como monitores.

‘Lutas de física’

Segundo Martino, o torneio é feito por meio das chamadas “lutas de física”, que são rodadas com duração de 50 minutos na qual três equipes investigam e discutem os conceitos da física por trás dos problemas apresentados.

A cada rodada, uma equipe atua como relatora e apresenta uma solução para o problema, uma segunda equipe faz o papel de oponente, criticando a solução proposta pela relatora, e identificando os erros e acertos por trás dela, e um terceiro time faz as vezes de avaliador, analisando as atuações da relatora e da oponente.

No total, cada equipe se envolve na discussão de cinco de um total de 17 problemas apresentados pela organização, e atuam como relatora apenas uma vez.

A atuação de cada time em todos os embates é avaliada por uma banca de jurados, que atribui notas aos grupos.

Resultados da IYPT 2019

Em 2019, assim como nos quatro anos anteriores, Cingapura se sagrou campeã do IYPT, com o Brasil na sexta colocação geral. Os quatro primeiros colocados levaram a medalha de ouro.

Dos cinco rounds que participou, a equipe brasileira venceu os três primeiros. No primeiro deles, que foi justamente sobre o problema do pêndulo de Newton, os estudantes de São Paulo e Goiás desbancaram Áustria e Reino Unido com a maior pontuação do embate.

Depois, ainda deixou para trás Sérvia, Paquistão, Tailândia e Polônia.

No quarto e quinto round, o Brasil ficou à frente de Irã e România, mas não recebeu nota mais alta que Suíça e Cingapura. Essas duas equipes foram classificadas para a rodada final e ficaram em terceiro e primeiro lugar, respectivamente.

A final teve ainda a participação da Alemanha e da China, e as quatro equipes levaram o ouro para casa.

Já o Brasil ficou entre as cinco equipes premiadas com a medalha de prata, com pontuação à frente de Suécia, Canadá e Estados Unidos.

Ranking do Torneio Internacional de Jovens Físicos 2019 (IYPT) após os cinco rounds: com a sexta colocação, Brasil levou a medalha de prata pelo terceiro ano consecutivo — Foto: Reprodução/IYPT2019

Ranking do Torneio Internacional de Jovens Físicos 2019 (IYPT) após os cinco rounds: com a sexta colocação, Brasil levou a medalha de prata pelo terceiro ano consecutivo — Foto: Reprodução/IYPT2019

Fonte: G1

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