O MEC e a Capes prepararam mais um importante ataque contra a pesquisa, exercida fundamentalmente nas Universidades publicas do País. Planejada pelo governo Bolsonaro, a “reformulação” dos critérios para concessão de Bolsas atende à duas orientações centrais: tirar financiamento da área de humanas e do mestrado.
Os novos critérios deverão ser apresentados para o final do mês, mas em entrevista ao Estadão o presidente da Capes Anderson Correia, totalmente alinhado com os ataques de Bolsonaro, adiantou parte dos ataques.
Segundo Correia, cursos como Medicina, Odontologia, Engenharias e Computação teriam prioridade na seleção das bolsas. E segundo ele mesmo, o que ele chamou de “humanas puras” – como Filosofia e Ciências Sociais – teriam menos benefícios. Na pratica, estes cursos que em sua maioria já recebem menos benefícios encontrariam grande dificuldade para financiar sua pesquisa.
O outro ataque é a prioridade dada ao doutorado sobre o mestrado. Segundo ele, “O mestrado dificilmente gera descoberta que chame atenção internacional.”Acrescentaríamos que, hoje por hoje, o que tem gerado mais atenção internacional são os absurdos ataques à ciência e à pesquisa, levados adiante pelo governo Bolsonaro e seus parvos Ministros.
O projeto aí, como nas outras áreas, é entregar de bandeja a riqueza produzida pelo país. E neste caso, a riqueza são os cérebros, são os pesquisadores que, cada vez mais desvalorizados pelo governo, viram alvo da caça de agências e de empresas estrangeiras, que buscam aqui mão-de-obra mais barata para a produção de conhecimento em seus respectivos países.