JUAZEIRO

JUAZEIRO: CULTURA E ARTE NÃO SÃO PRIORIDADES!

A cultura como um bem e um direito de todo o cidadão, vem sendo cada vez mais deixada de lado em Juazeiro, principalmente pela atual gestão. Para entender o sucateamento da cultura em Juazeiro, é preciso voltar ao ano de 2001, mais especificamente ao governo de Joseph Bandeira (2001 a 2004), foi quando Juazeiro teve uma Fundação Cultural, a cidade experimentou o sabor das políticas culturais.

Veio a gestão de Misael Aguilar (2005 a 2008) e a cultura deixou de ter status de secretaria para ser um departamento ou agência, começou a degringolar as políticas culturais, tudo era apenas carnaval e eventos esporádicos.

Durante 2009 a 2012, gestão de Isaac Carvalho a cultura voltou a ter status de secretaria, mas atrelada a uma nomenclatura esquisita: Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (SECULTE). Nunca teve alguém de fato da cultura, era um improviso e uma inversão de prioridades, que a cultura nunca foi vista como um bem necessário ao povo.

Agora na gestão de Paulo Bomfim (2016 a 2020), manteve a cultura atrelada ao turismo e ao esporte, mas o secretário é ligado ao esporte, não sabe bulhufas de nada sobre turismo e cultura, o resultado é a decadência cultural que Juazeiro está vivendo. Política cultural, e até os festivais deixam de acontecer, o que eles realizam são muito mal organizados, a exemplo do Festival Edésio Santos.

No mês de setembro a SECULTE lançou o edital e abriu as inscrições do Festival de Teatro Wellington Monteclaro, que aconteceria de 20 a 24 de novembro no Centro de Cultura João Gilberto e outros espaços alternativos. Inesperadamente a secretaria adiou o festival para o mês de março de 2020, com a ridícula desculpa de que o teatro João Gilberto não estaria pronto e que os artistas “pediram” o adiamento.

Infelizmente falta planejamento, competência e compromisso. A desculpa do local é a prova cabal da falta de competência de saber que arte não exige espaço, está nas ruas e no meio do povo. A exemplo dos festivais de teatro de rua de Porto Alegre e de Curitiba, que tem como a proposta de ser um espaço democrático, que atenda a um público heterogêneo e que os atores utilizem seu corpo e voz a serviço da construção estética em espaços abertos.

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