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Polícia faz “limpa” em Câmara de Uberlândia e prende quase todos os vereadores

A Justiça de Uberlândia decretou a prisão de 20 vereadores titulares da cidade, além de um suplente, em novas operações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizadas na manhã desta segunda-feira (16). Os investigados são suspeitos em esquemas de corrupção que envolvem desvio de recursos da verba indenizatória e de contratos de prestação de serviço na Câmara Municipal.

Nesta manhã também são cumpridos pela Polícia Militar (PM) e agentes do Gaeco mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra os vereadores Ceará (PSC), Doca Mastroiano (PL), Felipe Felps (PSB), Dra. Flavia Carvalho (PDT), Isac Cruz (Republicanos), Dra Jussara (PSB), Marcio Nobre (PSD), Pâmela Volp (PP), Paulo César-PC (SD), Ricardo Santos (PP), Rodi Borges (PL), Roger Dantas (Patriota), o ordenador de despesas Ronaldo Alves (PSC), Silésio Miranda (PT), Vico (Cidadania), o primeiro vice-presidente da Câmara Vilmar Resende (PSB) e o vice-líder do prefeito na Casa, Wender Marques (PSB).

As ações são resultado das investigações que se iniciaram na operação O Poderoso Chefão, em outubro, e que culminou nas prisões dos vereadores Alexandre Nogueira (PSD), Juliano Modesto (suspenso do SD) e Wilson Pinheiro (PP), que permanecem afastados dos cargos. Segundo as primeiras informações do Ministério Público Estadual (MPE), Nogueira e Modesto são novamente alvos das duas operações de hoje, denominadas Má Impressão e Guardião. Nogueira estava em liberdade, sob uso de tornozeleira, desde a última sexta-feira.

O cumprimento de mandados está em andamento. O Diário tenta contato com as assessorias jurídicas dos investigados e aguarda posicionamento também da Procuradoria da Câmara. Veja posicionamentos abaixo.

Baiano é um dos principais alvos
Contra o presidente Hélio Ferraz-Baiano (PSDB) foram expedidos dois mandados de prisão preventiva. Assim como Alexandre e Juliano, ele é investigado por desviar parte da verba de gabinete e ainda de participar de suposto esquema de propina na contratação da empresa que presta serviço de vigilância ao Legislativo.

Na casa dele, no bairro Cidade Jardim, foi apreendido montante superior a R$ 1 milhão em dinheiro e cheques durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.

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