O vereador Allan Jones (PTC) ocupou pela primeira vez a tribuna da Casa Aprígio Duarte nesta terça-feira (03) para mostrar a sua insatisfação com os graves problemas que estão ocorrendo na saúde do município. “A saúde é o calo não resolutivo desta gestão. A cada prestação de contas apresentada, o discurso é o mesmo, sendo que em termos de melhorias se ver muito pouco. Se propaga muito, mas a administração não se melhora a saúde de nosso município.
Já virou um mal costume, todos os finais de semana, todos nós recebemos mensagens via whatsapp, referente a denuncias de familiares desesperados na Maternidade de Juazeiro. Nos dias de sábado e domingo, um comunitário de maneira insistente, me mandou um zap informando que uma paciente de alto risco de parto, estava apavorada porque o enfermeiro chefe informou que não tinha anestesista à disposição”, lamentou.
“Eu não sei como se fala em gestão eficiente quando não se tem capacidade para contratar um profissional nesta área. A Univasf a cada ano coloca dois profissionais anestesistas, e de maneira incompetente a gestão municipal não consegue efetivar citados contratos”, detonou Allan.
“Apresentei uma indicação solicitando o fortalecimento de política de pré-natal na cidade de Juazeiro para evitar que as mães perdessem seus filhos durante os partos, ou para que as próprias mães não ficassem com sequelas. Em pré- natal de qualquer gestante era para se fazer no minimo seis consultas. Se deveria fazer cinco ultra sondas a cada gestação. É necessário que nas consultas de pré-natal e exames laboratoriais de rotinas sejam realizados, pois esses pontos não são executados pelo sistema de saúde municipal de nossa cidade”, desabafou Allan.
Povo descrente
“A população de Juazeiro está sem esperança, triste , com baixa estima, a população está caminhando cabisbaixa, e não entendo como alguns colegas veem à tribuna e retratam uma Juazeiro totalmente diferente da Juazeiro que estamos vivendo” detonou.
O vereador e pré-candidato a prefeito Allan Jones foi mais duro em suas colocações. “No discurso de ontem, um colega [Tiano Félix] fez o comparativo com a cidade de Petrolina, o que é pago pela taxa de lixo. Eu acho que a população não está questionando o que está sendo pago pela taxa de lixo. O que a população de Juazeiro não está aceitando é pagar a taxa de lixo e a cidade continuar suja nos seus quatros cantos. Da mesma forma a população não está questionando o pagamento de tarifa de iluminação pública, o que a população está questionando é que desde a entrada da cidade, Juazeiro está pouco ou quase nada está iluminada. Se pagamos os nossos tributos, deveria haver responsabilidade da gestão municipal em aplicar nosso dinheiro em coisa séria”.
Ele falou que é inconcebível o prefeito Paulo Bomfim passar mais anos no poder. “Alternar poder é saudável, mas este grupo que aí está vai fazer 12 anos de poder. E alguns setores quase nenhuma resposta foi dada a exemplo do dinheiro que pagamos do zona azul. Que vaga real foi criada na cidade de Juazeiro? Como passar nas ruas e encontrar lixos amotados, como se a cidade estivesse no verdadeiro abandono. Como é que posso encontrar diariamente pacientes nas portas e filas de hospitais sem ter uma respostas, e de forma, com muita empáfia, parece que vivemos numa realidade totalmente diferente das sentidas pelo povo. A gente ver a cada prestação de contas os discursos serem repetidos e as soluções não serem realizadas”.
Ele concluiu afirmando que o recurso da saúde está sendo mal gerido. “A Secretaria de saúde informou que a gestão está gastando cerca de 23% do nosso orçamento. É muito dinheiro empregado de forma errada porque se estivesse empregando de outra forma a resposta seria outra. Se não houver competência, que se abra mão da gestão, do poder, porque o povo está cansado de não ter resposta vivendo peregrinando e morrendo nas filas dos hospitais”.
Fonte: JAP