Inspirada na filosofia taoista, a yoni yoga surgiu de uma combinação de técnicas indianas, tailandesas e tibetanas. De origem sânscrita, a palavra yoni representa todos os órgãos femininos (vagina, canal vaginal e útero) e o termo yoga significa controle e trabalho do corpo e da mente, de forma integrada.
Gabriela Merofa, instrutora de yoni yoga e uma das principais conhecedoras do assunto no Brasil, explica que se trata de uma jornada de autoconhecimento feminino. Segundo a especialista, as praticantes têm a oportunidade de resgatar seu poder pessoal, transmutar traumas, reconectar-se com a yoni, despertar a kundalini (energia sexual) e transformar todas as áreas da vida.
Mas como funciona na prática?
“A aula é dinâmica e divertida com diferentes técnicas de meditação, prática de pranayamas (respirações do yoga) e posturas com foco na conscientização e fortalecimento do assoalho pélvico”, afirma a profissional.
Ela ainda frisa que qualquer mulher, de todas as idades e tipos físicos, pode praticar. “Basta usar roupa confortável e estar aberta a se conectar com o feminino que está dentro de si”.
Como principais benefícios mentais e emocionais, o yoni yoga proporciona aumento da autoestima e confiança, aceitação maior do próprio corpo, alívio da ansiedade e do estresse e promoção de um profundo bem-estar.
Na parte física, proporciona melhoras que podem ser percebidas a partir de pelo menos três meses de prática. “Aumento da libido, facilidade de chegar ao orgasmo e prolongamento dele, ajuda a amenizar cólicas menstruais e sintomas da menopausa, além de prevenir e tratar a incontinência urinária”, conta Merofa.
De dentro pra fora
De acordo com a instrutora, com a autoestima elevada, a mulher passa a se enxergar diferente, a se valorizar mais, se achar mais bonita naturalmente e também começa a se cuidar melhor. Por isso, a beleza de dentro transcende para fora e aparece na pele e no cabelo, consequentemente.
“É tão visível que os outros percebem essa mudança e é comum que as adeptas da yoni yoga recebam mais elogios, não só pela melhora na aparência do corpo físico, mas também por agirem de forma mais confiante e determinada”, comenta.
Obviamente, o prazer sexual se eleva, pois passa a ser mais sensorial e ampliado. “A modalidade aumenta a libido não só pelo sexo, mas pela vontade de viver, de ter prazer nas pequenas coisas e até ajuda a encontrar o propósito de vida”, diz Gabriela.
Com o parceiro, a conexão passa a ser mais profunda também, visto que estimula um nível maior de cumplicidade. O ato sexual melhora, de fato, por aumentar o estreitamento e a sensibilidade da yoni, pelo treino dos movimentos internos, que podem ser sentidos pela companhia, mas sobretudo pela conexão com o corpo no momento presente.
Fonte: Metrópoles