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Com 21 mortes e sem plano do governo, coronavírus avança entre quilombolas

A taxa de letalidade do coronavírus entre quilombolas é três vezes maior do que a média brasileira. São ao menos 21 mortes registradas entre descendentes de escravos que vivem nessas comunidades tradicionais e 128 casos confirmados. Ou seja, 16,4% dos casos confirmados evoluíram para o óbito dos pacientes, a maioria na região norte do país. No Brasil, a taxa de letalidade do coronavírus está em 5,2% segundo o Ministério da Saúde.

Os números indicam que essa população, que se espalha em 2.847 comunidades reconhecidas pelo país (e ao menos 1.500 não oficiais) em 24 estados, está especialmente vulnerável. Apesar disso, não há um esforço governamental coordenado para tentar proteger os descendentes de trabalhadores cativos, que comemoraram nesta terça (13/05) 132 anos da abolição da escravatura no Brasil.

Os números de casos e mortes nem mesmo são de uma fonte oficial – porque o governo não está contando. São dados que fazem parte de um boletim epidemiológico recém-divulgado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

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