BAHIA POLÍTICA SAÚDE SOCIAL

Economia e índices sociais de Curaçá continuam defasados

Confunde-se muito crescimento com desenvolvimento. Crescer é aumentar de tamanho. Como uma criança ou uma cidade, quando há aumento de tamanho para cima e para os lados, acontece somente o crescimento. No mesmo corpo da cidade ou da criança, sem crescer mais nada e com a mesma estrutura, são executadas diversas atividades naturalmente. Já quando o volume de produção e de funções aumenta sem aumentar o crescimento, o tamanho, é quando se dá o desenvolvimento. Desenvolver é aumentar a produtividade e funcionalidade tendo o mesmo espaço como recurso.

O Município de Curaçá tem uma área territorial de 5.935,944 km², com população estimada em 34.389 habitantes. Maioria vive na Zona Rural (IBGE Cidades: 2018). O PIB é de R$ 4.705,18 (4.710º do País e 255º do Estado), sendo que 90,6% da renda são oriundas de fontes externas. Ao que parece, as gestões efetivamente não atuaram, de forma eficiente, nas áreas que imediatamente poderiam gerar riquezas: turismo, caprinovinocultura, agricultura irrigada, indústria, serviços.

O reflexo dessa falta de desenvolvimento está no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) que é de 0,581 (do Brasil 0,699 e da Bahia é 0,660). Tal índice relaciona produção de riqueza, qualidade de vida, saúde e educação. Entre crianças de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização é de 97,4% (posição 3.079º do País e 199º do Estado) com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 4,9 para as séries iniciais do ensino fundamental (Brasil é 5,8 e Bahia é de 5,1) e de 3,5 para as séries finais do ensino fundamental (País é 4,7 de e Estado é de 3,7). Será um desafio grande melhorar estes índices.

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/curaca/panorama

Em 2016, o salário médio mensal era de 1.8 salários mínimos (132º da Bahia e 2.836º do País). Bom para quem está empregado, porém a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era, somente, de 5.2% (posição 318º da Bahia e 4.954º do Brasil). E 52% da população com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa (185º do Estado e 990º do País). Já na saúde ainda há uma mortalidade de 10,58 óbitos em mil nascidos vivos (2.995º do Brasil e 314º da Bahia) e míseros 36,3% de esgotamento sanitário adequado (2.824º do País e 137º da Bahia). As localidades urbanas continuam crescendo com parca urbanização, esgoto, lixo e mato, como podemos ver na foto do Bairro Bambuí, ao lado da Avenida Lia Suzuki. É grande carência de planejamento em saneamento ambiental, o que pode trazer futuros problemas justamente para as populações dali.

Alguns questionamentos ao Secretário de Administração: 1) Há algum planejamento pra melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano de Curaçá que é ainda abaixo de 0,6%? 2) Há algum projeto para melhorar o urbanismo e corrigir o problema de esgotamento sanitário do Município, que é de somente cerca de 30%? Há algum projeto para melhorar os índices da educação básica?

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