No dia 04 de julho, num evento virtual do Partido dos Trabalhadores, houve o lançamento e apoio a reeleição de Paulo Bomfim (PT) a prefeitura de Juazeiro. Durante o evento, vários medalhões do Partido se pronunciaram a favor da reeleição, mas duas ausências foram percebidas, a do presidente Lula, tão anunciado nos cards de divulgação do evento, e do governador Rui Costa, que dias antes esteve “visitando” Juazeiro.
Numa gestão marcada pelo descaso e com índice de rejeição nunca visto na história política de Juazeiro, a dupla Paulo/Isaac, acumulam processos e rejeição de contas pelo Tribunal de Contas do Municípios.
No ano passado, supostamente a convite do senador Jaques Wagner, Isaac Carvalho se filiou ao PT, todos achavam que Paulo Bomfim iria em seguida, mas ele reiterada vezes negou que sairia do PCdoB.
No início desse ano começou os rumores da filiação de Paulo Bomfim ao PT. Em março, mais precisamente no dia 13 seria o dia escolhido para ele anunciar a filiação ao Partido, mas por vergonha ou receio da militância petista não aprovar a sua filiação, manteve em segredo, e até a presente data não houve a tão esperada festa de filiação.
No mês de março, houve a repentina nomeação de alguns membros da diretoria do PT/Juazeiro, a cargos dentro da gestão municipal, cogitou-se na imprensa que Paulo estaria pagando pela sua filiação.
O PT erra ao apoiar uma reeleição que está fadada a perder ou terminar de quebrar as finanças do município para ganhar as eleições. O partido ficará com os desgastes de gestões que não foram suas, ou que a sua participação foi meramente de cargos subalternos para manter a sobrevivência econômica ou benesses de alguns membros.
O partido poderia apostar em quadros orgânicos para uma disputa em 2020, mesmo com chances minimas de ganhar, mas poderia sair fortalecido para um projeto em 2022 e 2024. O partido não elegerá em 2020 um quadro de vereadores comprometidos com as bandeiras do partido, serão eleitos nomes ligados a Isaac Carvalho, que nada defenderá o povo de Juazeiro, e terão compromisso somente com o coroné.
O governador Rui Costa já percebeu a roubada que é a reeleição de Paulo Bomfim, e tem estimulado nomes da base, a exemplo dos deputados Roberto Carlos e de Zó, mas não nenhum tem aprovação popular para uma disputa majoritária.
Em 2016 foram mais de dez partidos apoiando a eleição de Paulo Bomfim, para esse ano não passam de 06, e apenas o PP é um partido grande, os demais são nanicos, a exemplo do Democracia Cristã. O PDT e o PSD já estão descolando da base de apoio, e deram o recado na última votação, quando os vereadores votaram o projeto do executivo que dava atribuições a Guarda Municipal de fiscalizar estabelecimentos comerciais durante a pandemia.
Em 2018, Isaac Carvalho quase extingue o PCdoB com a sua malfada candidatura a deputado federal, em 2020 ele poderá contribuir para que quadros orgânicos do PT, como Ana Angélica e Gaspar, percam a oportunidade de fortalecer a história do Partido em Juazeiro.
Ao invés de se refundar e corrigir os erros do passado, o PT entra de vez no programatismo político, de vencer por vencer, abandonando às bandeiras históricas que defendia, o que levou a derrota nas eleições de 2018, e o iguala a qualquer outro partido, perdendo a sua característica de ser um partido de esquerda.