“Só o povo nas ruas mete medo em político’, essa frase é atribuída ao saudoso Ulisses Guimarães, cunhada no auge da ditadura militar.
Não precisa contratar nenhum instituto de pesquisa para conhecer avaliação popular do prefeito Paulo Bomfim (PT). Basta percorrer poucos metros de rua, conversar com moto-taxistas, motoristas de uber, donas de casa, ou o cidadão comum, principalmente quem mora na periferia da cidade. As respostas são variadas: “O pior prefeito da história de Juazeiro”, “Um mentiroso”; “Um pau mandado de Isaac Carvalho”.
Conhecedor da sua impopularidade, Paulo Bomfim, desde o ano passado tem tentado de todas as formas evitar movimentos de protestos contra o seu governo. Quando os pais e alunos da comunidade Serra da Madeira, Distrito de Itamotinga promoveram um manifesto em frente ao Paço Municipal, no mês de janeiro, o prefeito desceu para conversar com os manifestantes visivelmente abatido, e pedia para encerrarem o movimento.
Veio a pandemia, o que parecia fôlego para tocar as obras paradas e maquiar a cidade, tornou-se numa grande dor de cabeça para a gestão, além das inúmeras obras paradas, a pandemia trouxe o desgaste das medidas extemporâneas para evitar as mais de 100 mortes pela covid no município, principalmente com a construção tardia do hospital de campanha.
A judicialização da campanha tem sido o caminho usado pela gestão para impedir o avanço da chapas encabeçadas por Suzana Ramos (PSDB) e a do Coronel Anselmo Bispo (DEM) na conquista do eleitorado. A impugnação de uma pesquisa encomendada pelo Portal Bahia Noticias e o possível uso do Conselho Municipal de Saúde, que solicitou ao juiz eleitoral o fim das caminhadas e atos políticos, foram as medidas mais radicais adotadas pela coligação do prefeito.
O Conselho de Saúde fez ponderamentos muito pertinentes a respeito da aglomeração em tempos de pandemia, mas aonde estava o Conselho nos vários momentos em que a Rede de Saúde de Juazeiro foi duramente questionada? E quando morreram os bebês na maternidade?
O prefeito não consegue mobilizar nem os cargos comissionados (cerca de 5 mil), diariamente os servidores denunciam a pressão para participarem dos atos políticos e compartilharem ações do governo nas redes sociais.
Não adianta maquiar a cidade, colocar máquinas nas ruas, judicializar, censurar e perserguir adversários políticos. O povo quer mudança, ruptura de um ciclo político que esgotou os projetos para a cidade, e tornou-se um grande negócio para grupo liderado pelo prefeito Isaac Carvalho.