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Opinião: WhatsApp e a vida

Quando na pré-história um homem ou uma mulher utilizou-se de uma ferramenta para desenvolver alguma tarefa foi dado início ao processo do uso de tecnologia na humanidade, a qual vem se desenvolvendo de tal forma, alcançando um estágio inimaginável a pouco tempo atrás.
Os smartphones que o digam. Com o advento da tecnologia nos comunicamos e transferimos dados em uma velocidade e qualidade difícil de mensurar.

Essa condição faz surgir novas formas de viver e se relacionar, novos hábitos novas doenças e diversas situações que interferem diretamente na vida dos seres humanos e de animais.

As redes sociais geram benefícios e malefícios diversos. O WhatsApp, um dos mais usados atualmente se popularizou e se instalou no nosso cotidiano de tal forma que algumas pessoas e sistemas não conseguiriam mais viver sem ele. um dos recursos muito utilizados nesse aplicativo é os grupos, que reúnem pessoas em torno de um tema e que possibilitam diversas situações desde reuniões de famílias e negócios.

O COVID19 impôs de forma imperativa e severa novas formas de vida às vitimas diretas e/ou indiretas de sua ação, mudando costumes, paradigmas, rompendo tradições, crenças, ressignificando valores, práticas em geral, levando o homem e a mulher contemporâneos a repensarem sobre o que realmente é importante. Nessa pandemia, a tecnologia da informação mostrou-se mais necessária do que nunca, se não a mais importante, fundamental para a continuidade da vida nesse cenário apocalíptico. Os meios digitais proporcionaram desde lives, aulas remotas, produções off-line, até a ampliação de negócios virtuais.

Apesar de ter gerado lucro para alguns gatos pingados, prejudicou diversos ramos de atividades, uns menos e os outros com mais intensidade, a exemplo do entretenimento, mais especificamente o ramo artístico.
Esta situação desencadeou diversos sentimentos nos seres humanos como medo, ansiedade, frustração, e na maioria das vezes chegando à depressão que tem no bojo de seus resultados o suicídio.

É neste contexto que no centro-norte baiano, mais precisamente no município de Senhor do Bonfim, acontece um caso típico dessa situação. Um músico foi salvo da morte por um grupo de WhatsApp.

O Músico Raunilson Leite, mais conhecido como Big Raus, que vivia só de música e que estava sem tocar há um tempo, por conta das restrições impostas em função da pandemia por COVID19, em um momento de desespero atentou contra a própria vida, ingerindo uma quantidade excessiva de comprimidos. Logo após o ato, enviou áudios para vários grupos de WhatsApp se despedindo.

O grupo de músicos chamado Fraternidade Musical ao perceber do que se tratava o áudio, se mobilizou e conseguiu socorrer Raunilson antes que ele sofresse maiores complicações, evitando que viesse à óbito.

O técnico de som conhecido como Roberto Mix, também membro do grupo, foi quem primeiro conseguiu chegar ao local e ligar para o SAMU que prestou os primeiros socorros.

Segundo o administrador do grupo, o cantor e compositor Wagner Rosa, essa não é a primeira vez que o grupo atua dessa forma.
Em outro episódio um outro músico que havia sido vítima de enfarte solicitou apoio ao grupo que prontamente recebeu.

Além de mostrar como esses recursos tecnológicos podem ser de utilidade imensurável o Fraternidade Musical mostra também sua importância e deixa o exemplo de unidade entre seus membros, incentivando a solidariedade humana.

Romilson Costa

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