JUAZEIRO POLÍTICA

As redes sociais venceram os marqueteiros, o povo quis Suzana Ramos prefeita

A vitória esmagadora de Suzana Ramos sobre o grupo político de Isaac Carvalho, com quase 31 mil votos de frente, não foi resultado de uma boa estratégia de marketing, e sim da pressão popular pelas redes sociais.

Foi a pressão das redes sociais que fez a rejeição do prefeito Paulo Bomfim (PT) transforma-se num cenário de várias candidaturas a prefeito para o pleito de 2020 (chegamos até quase 20 postulantes), nunca houve caso semelhante na história política de Juazeiro durante uma eleição.

A absurda decisão do prefeito no início do mandato em ter todos vereadores na base, silenciando as vozes da oposição, criou na população o sentimento de impotência e de determinação em denunciar através das redes sociais o caos na saúde, na infraestrutura, e de forma geral em toda gestão.

Alguns marqueteiros contratados pelas campanhas não se esforçaram para produzir a campanha pelas redes sociais. Alguns estavam acostumados com o formato antigo para televisão, outros por mero desconhecimento do poder das redes sociais desde a eleição de 2018.

Mesmo os programas produzidos para o programa eleitoral na televisão e no rádio, não influenciavam tanto quanto o que circulava na web.

O marketing do prefeito Paulo Bomfim tinha qualidade visual e de conteúdo, mas se mostrava distante da realidade das pessoas. O programa de Suzana parecia ser tudo no improviso do momento. Não se explorou a personagem forte que é Suzana Ramos, caso isso tivesse sido explorado, acredito que a diferença poderia ultrapassar os 40 mil votos de frente.

Faltou nas campanhas engajamento com o público. As duas campanhas que mais tiveram engajamento nas redes sociais (facebook e instagram) foram a do Coronel Anselmo Bispo (3º colocado) e a de Raffani (4º colocado). Mesmo assim com algumas limitações de conteúdo.

Para as eleições de 2022 as redes sociais vão continuar influenciando a decisão do voto. Segundo pesquisa do DataSenador, quase metade da população (45%) leva em consideração informações vistas em alguma rede social na hora de escolher em quem votar. A pesquisa ouviu 2.400 eleitores de todos os Estados do país.

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