Como parte da 5ª edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica que acontece este ano, a Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) decidiu incluir um assunto polêmico e que tem dividido opiniões dentro da Igreja Católica: o movimento LGBT e as “questões de gênero”.
No texto-base da campanha deste ano, na página 33, item 68, a CNBB traz um texto dotado de termos utilizados especialmente pela esquerda em suas discussões, como “discurso de ódio”, “fundamentalismo religioso”, “vozes contra o reconhecimento dos direitos” e o principal, um trecho dedicado exclusivamente ao chamado “movimento LGBTQI+”.
No documento, a CNBB utilizou dados de uma associação denominada “Grupo Gay da Bahia”, apresentados no Atlas da Violência 2020, do ano de 2018, para falar sobre homicídios de homossexuais no país. De acordo com a entidade, os homicídios “são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis.” Trecho do texto-base da Campanha da Fraternidade que fala sobre o grupo LGBTQI+ Foto: Reprodução
Na internet, personalidades católicas criticaram a decisão da CNBB de impor o tema na agenda da Campanha. Tiba Camargos, um dos principais nomes do movimento pró-vida no Brasil, afirmou que a entidade têm usado uma guerra semântica para “ludibriar o povo”.
– Quem elaborou o texto-base e os bispos que aprovaram isso têm responsabilidade e obrigação de saber disso. Não é algo novo, é algo básico diante dessa guerra que estamos vivendo. Eles trazem no texto pesquisa da própria militância LGBTQI+, que já foi desacreditada porque não tem base científica – disse Tiba em seu canal no YouTube.