JUAZEIRO

Ministério Público denuncia Jairinho e Monique Medeiros por morte do menino Henry Borel

O vereador Dr. Jairinho (sem partido) e Monique Medeiros foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos. O crime ocorreu em 8 de março deste ano.

Segundo informações do G1, Jairinho foi acusado formalmente por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique Medeiros, mãe da criança, por tortura omissiva, homicídio, falsidade ideológica e coação de testemunha. Na denúncia, o MP-RJ pediu ainda a prisão preventiva do casal.

De acordo com o promotor Marcos Kac, que assina a acusação, Jairinho e Monique tentaram intimidar e cercear testemunhas, direcionar depoimentos e embaraçar as investigações.

De acordo com as investigações, o menino morreu por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Uma reconstituição feita pela polícia aponta 23 lesões por ‘ação violenta’ no dia da morte.

Segundo a investigação, Monique manteve a relação com Dr. Jairinho apesar de todos os sinais de agressão contra Henry – e por isso a mãe teria contribuído para a morte do filho, já que não afastou o menino do vereador.

“O delito foi praticado mediante recurso que impossibilitou ou ao menos dificultou a defesa da vítima, eis que a mesma não teve a menor chance de escapar dos golpes que lhe eram desferidos, diante de sua tenra idade e da superioridade de força com que foi surpreendida pelas inopinadas agressões do DENUNCIADO”, diz trecho da denúncia.

“Ademais, o crime foi executado com meio cruel, tendo em vista que o DENUNCIADO infligiu à pequena vítima intenso sofrimento físico, tendo em vista as múltiplas lesões que lhes foram causadas, revelando, desta forma, uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”, diz outro trecho da denúncia.

O político também foi indiciado por outros dois episódios de tortura contra Henry em fevereiro. Num deles, dia 12 de fevereiro, a própria criança e a babá Thayná Oliveira relataram essas agressões numa ligação por telefone para Monique, que estava num salão de beleza. Por causa disso, a mãe está respondendo por tortura por omissão.

Por: Bahia Notícias