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Baleada pelo Talibã, Malala diz que está em ‘completo choque’ com avanço do grupo e pede ajuda a potências globais

Ganhadora do Prêmio Nobel, a paquistanesa Malalah Yusafzay afirmou nas redes sociais que está em “completo choque” com notícia de que o Talibã tomou controle do Afeganistão.

A ativista já foi baleada na cabeça pelo grupo extremista por defender publicamente a educação para mulheres e meninas. Segundo a Veja, Malala pediu que as potências globais ajudassem as pessoas do Afeganistão no domingo (15).

Horas depois do pedido da ativista, o grupo começou a cercar a capital do país, Cabul. “Assistimos em completo choque enquanto o Talibã assume o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com mulheres, minorias e defensores dos direitos humanos.

Potências globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis”, escreveu. Saiba mais sobre o grupo Talibã O Talibã é um grupo que virou sinônimo de radicalismo fundamentalista islâmico e voltou ao poder no Afeganistão após 20 anos.

Suas tropas entraram em Cabul pela primeira vez desde 13 de outubro de 2001, quando tiveram de se retirar da capital sob as bombas norte-americanas e britânicas que abriram caminho para forças adversárias da chamada Aliança do Norte. Desta vez, a entrada ocorreu sem resistência, apesar de relatos de tiroteios esporádicos na madrugada de domingo.

Ao longo do dia, o presidente do país, Ashraf Ghani, ainda buscava uma solução negociada com os invasores, que prometeram moderação para incrédulos interlocutores ocidentais.

Quem é Malala?

Malala foi forçada a fugir do vale do Suate, no Paquistão, quando a região foi tomada pelo Talibã em 2008 e meninas foram impedidas de ir à escola. A ativista se posicionou publicamente sobre a importância da educação e foi subsequentemente baleada por um atirador quando voltava da aula em outubro de 2012, aos 15 anos.

O governo britânico ofereceu ajuda e tratamentos no Reino Unido para Malala. Ela criou uma fundação para ajudar na educação feminina. Em 2014, ela recebeu o Nobel da Paz.

Fonte:  Portal Política Bahia