A filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), ao PSD nesta quarta (27) o coloca de vez como um novo player no jogo político. Na nova sigla, lançado como pré-candidato à presidência da República, a leitura é a de que o mineiro será alvo de forte artilharia de deputados e ministros, como Paulo Guedes (Economia).
Os bolsonaristas buscarão atrelar todas as derrotas de projetos do Planalto a suposta ação política de Pacheco, com a intenção de desgastar o presidente mirando 2022.
O Senado já tem uma série de matérias de interesse do governo paradas: a reforma do Imposto de Renda, a privatização dos Correios, a alteração de regra de cálculo do ICMS de combustíveis e a análise da indicação de André Mendonça ao STF. O que seguir parado daqui para frente deverá ser atrelado a eventuais sonhos presidenciais do senador.
Líderes do governo já se referem a Pacheco como traidor. Dizem que Bolsonaro o ajudou a ser eleito presidente do Senado e não recebeu o empenho dele em troca.
Reclamam também que o presidente do DEM, ACM Neto, fez esforço pela eleição do mineiro, deixando de lado a disputa pela presidência da Câmara, para agora ele mudar de sigla. Já são argumentos para desgastar Pacheco politicamente.
Por: Folhapress