BAHIA

Rui Costa provoca climão ao contestar Governo Bolsonaro

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), contestou os valores enviados pelo Governo Bolsonaro para o socorro aos municípios atingidos pelas chuvas. A fala aconteceu em Ilhéus nesta terça-feira (28), diante da imprensa e ao lado do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) – que pediu a palavra para responder.

O petista mencionou a medida provisória que foi publicada nesta terça-feira (28) garantindo R$ 200 milhões pelo Ministério de Infraestrutura para o combate às chuvas. O problema é que o dinheiro será dividido entre as regiões brasileiras. Para a Região Nordeste, serão destinados apenas R$ 80 milhões.

“São R$ 200 milhões para o país inteiro: R$ 70 milhões para o Sudeste; R$ 70 para o Norte; e R$ 80 para o Nordeste. […] Eu queria fazer um apelo, porque não é possível recuperar as estradas federais com R$ 80 milhões para o Nordeste. R$ 80 milhões não dá para recuperar as estradas da Bahia”, criticou Rui, que pediu um aporte direcionado especialmente para o Estado.

Marinho, então, pediu para responder Rui. “Eu vou responder ao governador”, iniciou. “Quando nós viemos para cá, o presidente nos orientou e disse ‘faça o que for necessário’. Nós estamos sofrendo chuvas em Goiás, Tocantins, Rio de JaneiroSão Paulo, Bahia, Minas Gerais e Piauí. Temos ao menos sete estados hoje com problemas de chuvas torrenciais”, rebateu.

“Estamos aguardando um diagnóstico mais acurado para saber qual a realidade, e será feito o que for necessário, não apenas de recuperação de estradas vicinais, rodovias, mas casas, infraestrutura urbana”, completou.

Participaram também do encontro os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga; da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves; do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; e da Cidadania, João Roma

A Bahia está enfrentando a pior chuva para o mês de dezembro desde 1989. Itamaraju (no sul da Bahia) foi o município onde mais choveu no Brasil, com 769,8mm de chuva, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o que representa mais que o quíntuplo da sua climatologia de dezembro.

Por: BNews