Mesmo com a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) no ano de 2018, para que o prefeito de Juazeiro adotasse providências relativas à ocupação irregular da área de preservação permanente do Rio São Francisco, o ex-prefeito Paulo Bomfim, ignorando essa recomendação legitimou as construções irregulares no bairro Angari, quando investiu dinheiro público no esgotamento sanitário da comunidade, no ano de 2020.
No documento expedido pelo MPF e endossado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA), foi considerado que, historicamente, como as demais cidades da região do Vale do São Francisco, Juazeiro expandiu sua ocupação de forma irregular, ao longo do rio, onde se encontram algumas das áreas de maior adensamento populacional urbano.
No caso de Juazeiro, são considerados diversos procedimentos instaurados para apurar casos de construções irregulares em áreas de preservação permanente, com afronta ao Código Florestal.
Também foi recomendado que o município intensifique a fiscalização para evitar novas construções e intervenções clandestinas, bem como que desenvolvam campanhas para conscientizar a população sobre a importância da preservação dessas áreas.
Se ao invés de investir no esgotamento sanitário, a gestão tivesse encarado o problema sem politicagem, hoje os alguns moradores do bairro não estavam passando por essa situação angustiante, mas vivendo em condições dignas de moradia em locais apropriados.