Desde as eleições de 2006 quando Paulo Souto (DEM), atual governador á época, se mostrava favorito em todas as pesquisas e saiu derrotado frente a Jaques Wagner (PT), que se iniciou a hegemonia petista na Bahia, a eleição de Rui foi a cereja do bolo das ambições dos petistas no estado, e a partir daí o grupo só se fortaleceu, sempre coeso e alinhado até a última semana, quando Rui articulou sua candidatura ao senado e prometeu deixar João Leão com um mandatado tampão, indicando Otto para a cabeça de chapa e deixando o seu mentor Wagner sem disputar nada. O PT não gostou de perder a liderança da chapa que mantem a 20 anos, por outro lado o PP do Bonitão (João Leão) era só alegria e felicidade, porque além de comandar o estado por alguns meses, ainda teria a preferência na indicação do vice, com pretensão de manter sua corrida pela reeleição e jugando não ser pertinente mudar os rumos da candidatura, o líder do PSD logo tratou de buscar nos petistas inconformados uma solução para dissuadir Rui da ideia, e então mostrando que no PT da Bahia quem manda é ele, foi pela impressa que o atual Governador ficou sabendo que Wagner o desarticulou e o tirou da disputa. Pronto, está abalada a harmonia entre o Triunvirato (PT, PSD e PP) que sustenta o governo ao longo desses 15 anos, é o início do fim?
O Primeiro Triunvirato foi um acordo político envolvendo três generais de destaque no exército romano e muito benquistos pela população, Júlio Cesar, Pompeu e Crasso. Essa aliança, feita de forma informal, sem nenhum caráter legal, marcou a ascensão dos generais na política de Roma, fazendo de Júlio Cesar o cônsul de Roma em 70 a.C.
Saindo de Roma e voltando para a Bahia, as bases governistas parece não ter suportado os rumos das decisões atabalhoadas de seus líderes e o tom já é de dissolução, certamente que o favoritismo de ACM Neto assusta, entretanto o que se pode prever é que o Triunvirato não sobrevirá com os mesmo personagens, impondo uma saída honrosa para seu ego ferido, o vice governador propôs que para não rachar, será necessário que além do mandato tampão seja dado a ele a vaga para a reeleição, segundo interlocutores a oferta de Neto com ajuda de Ciro Nogueira (Ministro chefe da casa civil), acabaram que pondo um fim a uma aliança entre Rui e Leão. Otto fez voto de silêncio e não fala mais nada acerca da crise que ele mesmo ajudou a expandir, enquanto em tom de despedida Jaques Wagner se desculpa com o pepista, mas ressalta, que não volta atrás, Rui continua Governador e Otto vai para a reeleição. Eu sou Jorge Lins e estou de olho nas notícias.
*Vice-presidente do União Brasil Jovem da Bahia