PETROLINA

Sob protestos, vereadores de Petrolina aprovam reajuste de 18% para professores da rede municipal

Mesmo sob protestos de um grupo de servidores municipais da educação, A Câmara de Vereadores de Petrolina aprovou por unanimidade, na sessão plenária de ontem (17), o projeto de lei 003/22, enviado pelo prefeito Miguel Coelho, que trata do reajuste salarial da categoria. A matéria passou por 17 votos nas duas votações, mas o clima esquentou após duras declarações do Professor Gilmar Santos (PT), que faz oposição independente na Casa Plinio Amorim.

Gilmar cobrou de Aero o porquê dos vereadores não terem recebido os dados contábeis do Executivo Municipal, para que pudessem balizar o reajuste. Pela proposta da atual administração, o aumento é de 18%, quando o piso nacional dos professores foi reajustado em 33,24%.

Ao justificar o questionamento do colega de Legislativo, o presidente da Mesa Diretora Aero Cruz (MDB) informou que esses detalhes foram acordados entre a gestão e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp). Gilmar, então, retrucou afirmando que o Sindsemp “está tendo mais privilégio do que esta Casa”. O oposicionista foi além: disse que a falta de dados sobre o reajuste deve-se ao fato de a Câmara de Vereadores ter sido transformada “numa subprefeitura”.

Alguns integrantes da base governista não gostaram da fala, a exemplo de Zenildo do Alto do Cocar (MDB). Júnior Gás (Avante) também condenou o colega, pedindo que respeitasse os demais pares. “Pare de fazer palanque aqui dentro e tenha um pouco mais de respeito”, disparou. Agora aprovada, a matéria segue para a sanção de Miguel Coelho.

por Carlos Britto