BAHIA

Ministério Público denuncia seis investigados por esquema criminoso no Detran da Bahia

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou seis investigados por um esquema criminoso no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran).

A denúncia foi recebida pela Justiça na sexta-feira (22), mas a informação foi divulgada pelo MP-BA no final da tarde desta segunda (25). Segundo o Gaeco, os denunciados se associaram para roubar veículos de locadoras e transferi-los para terceiros através de fraudes documentais efetivadas no Detran.

A estimativa é de que as fraudes tenham causado um prejuízo de mais de R$ 721 mil.

A denúncia, recebida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, é um desdobramento da “Operação Fake Rent”, que estima um prejuízo superior a R$ 9,5 milhões com esse tipo de crime na Bahia.

  • O suspeito de ser o principal articulador do esquema criminoso, recrutador de pessoas para figurarem formalmente como locatários de veículos e um dos chefes da associação criminosa;
  • Dois despachantes que seriam responsáveis pela inserção de dados falsos nos sistemas informáticos, permitindo a consolidação das posses em nomes alheios;
  • Um homem que atuaria em conjunto com os despachantes;
  • Um suspeito que teria participado de transferência de veículo;
  • Um servidor do Detran que teria recebido valores dos despachantes como forma de contraprestação por serviços indevidamente prestados.

Segundo a denúncia, os crimes eram efetivados logo após a locação dos veículos. A organização utilizava documentos falsos, corrompia agentes públicos e inseria dados falsos no sistema informático do Detran.

Em seguida, transferia a propriedade do automóvel para um dos integrantes do esquema.

Entenda a operação Fake Rent

No esquema investigado, pessoas são cooptadas para alugar veículos de grandes locadoras nacionais e estrangeiras. São utilizados documentos falsos e despachantes são acionados para auxiliar.

Servidores do Detran são envolvidos no crime e inserem dados falsos nos sistemas de informática do órgão. Desse modo, os investigados conseguiam transferir veículos para laranjas, pessoas falecidas ou terceiros, com dados utilizados sem conhecimento das vítimas.

 

G1 Bahia