POLÍTICA

Novo Congresso é hostil a Lula. Veja perde e ganha das bancadas ao longo dos anos

Caso Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, venha a repetir no segundo turno a vantagem que teve no primeiro turno e se eleja presidente da República, sua vida não será nada fácil no convívio inicial com a Câmara dos Deputados. Os partidos aliados a Bolsonaro acabaram por eleger um número bem maior de deputados, fazendo com que Lula não tenha no eventual início do seu mandato a maioria, quebrando o tipo de hegemonia que, na maioria das vezes desde a redemocratização do país, verificou-se.

O PL, partido de Jair Bolsonaro, elegeu o maior número de deputados federais: 99. A Federação Brasil, que inclui PT, PV e PCdoB, elegeu 80 deputados. O PSB, partido do candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, elegeu 14 deputados. A Federação Psol/Rede outros 14. Uma soma inicial para Lula de 108 deputados.

No caso de uma eventual vitória de Bolsonaro, o resultado da Câmara lhe daria uma maioria inicial um pouco mais confortável. Depois do PL, o PP, do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), elegeu 47 deputados. O Republicanos, outros 41. Somaria 187 parlamentares a bancada inicial de Bolsonaro.

Lula e Bolsonaro dependerão muito, então, do comportamento das bancadas que apoiaram outros candidatos ou ficaram neutras nas eleições presidenciais. Partido de Soraya Thronicke, o União Brasil elegeu 59 deputados. O MDB de Simone Tebet, 42. O PDT de Ciro Gomes, 17. O PSD elegeu 42. O Podemos, 12.

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