Violência

Violência de Roberto Jefferson vai reabrir a discussão sobre CACs

O caso Roberto Jefferson (PTB) reabrirá a discussão pelo aperto na fiscalização das armas dos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) no Congresso. Depois que Roberto Jefferson atingiu policiais que foram prendê-lo no último domingo, as associações e federações de policiais federais querem promover esse debate. A avaliação é a de que há um ponto cego entre o que deve ser fiscalizado pelo Exército e pela PF. Não dá, por exemplo, para um sujeito sob investigação e em prisão domiciliar, como era o caso de Jefferson, manter granadas em casa. A ideia é não esperar sequer a chegada de 2023.

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Falta combinar com uma parte expressiva da bancada do governo, que ampliou o acesso às armas. Porém, depois de dois policiais feridos, a bancada da bala, formada basicamente por representantes da categoria, tende a apoiar uma lei mais clara e mais rigorosa na fiscalização e punição.

O foco é a economia

Nesses últimos dias, a campanha de Lula pretende centrar o foco na economia para sair da armadilha do discurso de costumes que centralizou o debate nas primeiras semanas desse segundo turno. A avaliação é a de que, se Lula conseguir colar em Bolsonaro a imagem de que é um candidato a serviço do mercado, a fim de cortar benefícios dos trabalhadores, o petista consegue reduzir a diferença em São Paulo.

… e a coalizão
Lula tem dito a todos os interlocutores e em entrevistas, que seu governo não será uma administração do PT. Vem na linha de tentar quebrar a resistência ao partido, que, embora tenha uma legião de seguidores, também tem uma grande rejeição.

Recordar é viver
A turma de Bolsonaro continuará na linha da má gestão dos fundos de pensão, como a entrevista com aposentado exibida no horário eleitoral, o discurso das igrejas e na tecla de que Lula não foi inocentado. Apostará ainda na tese de que quem concedeu o Auxílio Brasil de R$ 600 é quem terá condições de manter esse valor.

A prova de fogo das pesquisas
Quem estuda a fundo todas as pesquisas de intenção de voto, caso da Vector Consultoria, fez um levantamento das pesquisas disponíveis em 15 estados para mostrar a seus clientes que, nessas semanas em que o debate esteve centrado na pauta de costumes, o presidente Jair Bolsonaro ampliou mais as suas intenções de voto do que Lula. Portanto, avalia a Vector, a eleição, a preços de hoje, está empatada.

Zema na área/ Quem colocou na roda o tema das aposentadorias e dos fundos de pensão das estatais foi o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, que está trabalhando os municípios mineiros em favor da reeleição de Bolsonaro.

Eles querem é espaço/ Parlamentares do União Brasil e do PP descartam uma fusão. Ou vão partir para uma federação, ou ficarão no bloco parlamentar. A tendência hoje é o bloco que, tradicionalmente, não tem tirado espaço de liderança dos partidos integrantes.

Por falar em federação…/ Alguns aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, já pediram aos partidos que façam uma análise do regimento da Câmara à luz da instituição das federações partidárias. A intenção é avaliar se dá para tratar cada partido da federação isoladamente na hora de distribuir as comissões técnicas da Casa.

Cadê o Power Point?/ A entrevista de Fábio Wajngarten e do ministro Fábio Faria na porta do Alvorada para denunciar que rádios estariam colocando mais inserções para Lula do que para Bolsonaro deixou a desejar. Faltou um kit para a imprensa, com detalhes sobre as 154 mil inserções a mais que Lula teria tido neste segundo turno, gráficos e o nome das rádios que burlaram a legislação eleitoral. Não houve um material explicativo para a grave denúncia. Aliás, a porta do Alvorada também não é um comitê de campanha, né?