BAHIA BRASIL CULTURA

Tom Zé toma posse na Academia Paulista de Letras

O cantor e compositor Tom Zé tomou posse nesta quinta-feira (17) na Academia Paulista de Letras (ABL). A cerimônia foi realizada no teatro da Academia, no Largo do Arouche, na região Central de São Paulo.

Baiano de Irará, morador da Zona Oeste da capital paulista e nascido Antônio José Santana Martins, Tom Zé tem 85 anos e irá ocupar a cadeira nº 33 em sucessão a Jô Soares.

O compositor, poeta, músico e ecologista escolheu São Paulo para viver e muitas de suas músicas contemplam a capital, como “São, São Paulo”, que ganhou o festival da Record em 1968.

Em “Augusta, Angélica e Consolação”, o compositor faz uma homenagem a três nomes de logradouros da região Central da capital, onde Tom Zé apresenta as ruas como se fossem mulheres diferentes.

Tom Zé possui mais de 20 álbuns, o último “Língua Brasileira” foi lançado em junho deste ano – uma obra musical que contempla, além da criação musical, a pesquisa em linguagem teatral, letras, antropologia e outras disciplinas e tem justamente o nosso idioma como foco.

Em entrevista à TV Globo quando foi eleito imortal, Tom Zé contou que foi surpreendido ao saber que era candidato para integrar a Academia Paulista de Letras. “Quando me falaram que eu ia ser candidato, eu de princípio tomei um susto natural. Mas, depois, quando eu comecei a conversar com uma ou outra pessoa, eles davam apoio me incentivando”, lembra o artista, que recebeu a notícia do maestro Júlio Medaglia, que já trabalhou e estudou com ele no passado, e também de José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras.

O fato de estar na cadeira ocupada por Jô Soares é visto como uma homenagem por Tom Zé. “O respeito que eu tenho pela figura que Jô foi nesse mundo civilizado”, ele diz.