CURAÇÁ ECONOMIA

Curaçá: IPC fortalece os caprinocultores através de parcerias com o SENAR e a Central da Caatinga

Maior produtora de rebanhos ovino e caprino do Brasil, a Bahia enfrenta “um grave problema de saúde pública”. Isto porque, segundo Roberis Silva, presidente da Associação Brasileira de Empresas do Agronegócio de Caprinos e Ovinos (Abreaco), 90% da carne destes animais é abatida de maneira clandestina.

De acordo com o dirigente, o estado segue a mesma média da região Nordeste, que apresenta realidade bem diferente do restante do Brasil – conforme estimativas do presidente, a média nacional é de 15%. Na visão dele, esta é uma realidade cultural fomentada, principalmente, pela negligência das vigilâncias sanitárias municipais, responsáveis por este tipo de fiscalização.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) supõe que, no Brasil, haja cerca de 31 milhões de animais dos rebanhos bovino e ovino. Destes, 20 milhões estão somente no Nordeste – 10 milhões apenas na Bahia.

Diante de tantas dificuldades, em Curaçá os desafios são superados com a união de  várias instituições. O Instituto de Preservação da Caatinga (IPC), Senar e a Central da Caratinga, estão mudando a realidade do pequeno caprinocultor. O Senar tem prestado assistência técnica com o objetivo de melhorar do rebanho e a comercialização dos rebanhos.

No mês de novembro de 2022 foram levados para o abatedouro na cidade de Pintados (BA) cerca de 150 animais entre caprinos e ovinos. O que motivou os produtores para se mobilizarem para enviar mais animais no mês de janeiro de 2023,  com isso conseguirem um feito inédito,  ter um lucro melhor.

Para Laerte Valentim, presidente do IPC, o momento é de comemoração, “estamos tirando os atravessadores, e estamos sendo empreendedores do nosso próprio negócio, que são os nossos sítios ou fazendas. Lembrando que há espaço para todos aquele que tem 01,02,03 ou 100 animais, desde que siga as orientações dos responsáveis pelo trabalho”, finalizou Laerte.

Ascom IPC